Há cerca de 14 anos eu não visitava Florianópolis. Entre 2000/2001 cheguei a morar numa cidadezinha próxima a Tubarão e visitava a cidade de vez em quando, pois tinha uma tia que morava lá na época. Não lembrava de quase nada da cidade, então, ano passado, buscando opções de passagens para o carnaval, me deparei com uma promoção pra lá por 6.000 milhas o trecho, indo no sábado e voltando na quarta-feira. Pronto! Minha volta à ilha estava marcada…. Carnaval chegou e lá fomos nós.
Foram 3,5 dias na ilha, e estava cheia de planos. Mas a chuva atrapalhou bastante…Meu marido não queria ir pra Florianópolis…ele sempre me avisava: lá sempre chove e não deu outra! Dos 3,5 dias, apenas 1 não choveu. Quer pior do que ir à praia e estar chovendo? Isto atrapalhou toda nossa programação de carnaval (pior foi ter que escutar ele dizendo: “eu avisei!” Afff!!!)
Floripa, como é chamada, é uma ilha bem grandinha, com praias no norte, no sul e no leste. As mais famosas são:
Norte: Jurerê Internacional, Canasvieiras, Brava, Ingleses e Santinho
Leste: Barra da Lagoa, Mole e Joaquina
Sul: Campeche, Armação, Matadeiro, Pântano do Sul…
O miolo da ilha é a Lagoa da Conceição e seu centrinho com várias lojinhas, bares, pequenos restaurantes e pouquíssimas opções de hospedagem, o que faz os preços nesta época serem estratosféricos. Na minha opinião, aqui é a melhor região para se hospedar em Florianópolis. Nós ficamos no Canto da Lagoa, mas era meio afastado do centrinho, mas como estávamos de moto e isto não foi um problema.
No lado oeste, fica o centro da cidade, onde as hospedagens têm padrão melhor e preços mais em conta que as da Lagoa. Aqui também fica o Mercado Municipal (que não consegui vistar por estar em reforma) e a Ponte Hercílio Luz, cartão-postal da cidade.
Um pouco pra cima, a caminho do Norte, está o bairro de Santo Antônio de Lisboa, que é conhecido por ser um centro gastronômico e pelas casas de arquitetura portuguesa.
Pra rodar por toda a ilha, alugamos uma moto com o pessoal da Conceição Concept, no centrinho da Lagoa. Eles também aluguel de carros, mas carros nesta época é furada. O trânsito simplesmente trava! A estrutura deles também conta com hostel com quartos privativos, a bons preços. Gostei do clima do lugar, cheio de jovens, um café e uma lojinha na entrada e música.
Para quem está no norte, recomendo a empresa TJ Motos, que fica em Canasvieiras. Eles buscam e levam a moto até o seu hotel, mesmo se você estiver na Lagoa. Neste caso, eles cobram uma taxa.
Nosso roteiro pela ilha:
Sábado
Chegamos por volta das 13:00h no aeroporto e pegamos um táxi até nosso chalé alugado no Canto da Lagoa. O táxi funciona com taxímetro e pagamos R$ 40,00. Considere uns R$ 50,00 se você ficar até o centrinho da Lagoa e uns R$ 70,00 se você for até o centro.
O dono do nosso chalé nos levou até o centrinho da Lagoa para retirarmos a moto e na sequência, fomos almoçar nos restaurantinhos que têm na Avenida das Rendeiras, de frente pra Lagoa da Conceição. Escolhemos o Nosso Bar. Comida simples, mas boa!
À noite, fomos ao Bar do Boni, no final da Avenida das Rendeiras. O bar é ótimo, com música ao vivo, bons petiscos e drinks, cerveja gelada e um ótimo atendimento. Voltamos várias vezes aqui. Com chuva, nos restou beber e comer na ilha, por isso tanta foto de comida neste post hahaha. O pastel de camarão e o camarão ao alho e óleo são deliciosos!
Domingo
O dia amanheceu nublado, mas sem chuva. Partimos para o norte da ilha, parando antes no famoso mirante, mas com aquele tempo, a beleza se perdeu :(
Nosso objetivo era conhecermos Jurerê Internacional. Adoramos o clima do lugar, mas a parte dos bares badalados nem conhecemos, pois ainda era cedo. Gostei da praia de lá, mas gostei mais de passear pelas ruas do bairro e ver a quantidade de mansões, cada uma mais linda que a outra, coisa de cinema! Senti-me em Beverlly Hills.
O aluguel de duas cadeiras e um guarda-sol saiam por R$ 30,00, logo não achei nenhum absurdo. Em se tratando de uma das praias mais chiques do Brasil, esperava bem mais.
Dali voltamos pela mesma estrada e paramos em Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui, consideradas cidades gastronômicas. O restaurante mais famoso atualmente é o português Marisqueira Sintra. Queria ter estado ali mais tarde e com fome para poder almoçar, mas após rodar um pouco pelas ruelas de arquitetura portuguesa, decidimos seguir viagem e paramos no centro da cidade.
Minha ideia era conhecer o mercado municipal e sabia que domingo estaria fechado, mas vi que estavam em reforma. Não sei se é porque era domingo de carnaval , mas o centro estava feio, fedido e sujo. Não gostei e voltamos pra Lagoa, na verdade, seguimos pra Barra da Lagoa.
Chegamos lá com o tempo aberto. Almoçamos primeiro no excelente restaurante Meu Cantinho! Nossa, a comida estava di-vi-na! Comecei com uma casquinha de siri e vinho branco….depois pedimos um filé de peixe grelhado ao molho de alcaparras e champignon, arroz, salada e pirão. Eu continuei no vinho branco…comemos maravilhosamente bem neste restaurante. Super aprovado e super indico!
Depois, o sol já tinha aparecido e resolvemos fazer uma trilha de uns 15 minutos até as chamadas Piscinas Naturais da Barra da Lagoa. Como tinha chovido, a trilha estava extremamente escorregadia. Num pedaço dela eu literalmente atolei metade da canela num lamaçal. Fora os escorregões! Hehe Foi divertido…
Infelizmente o mar estava um pouco agitado e a maré meio cheia, então aquela alusão a uma piscina não pode ser muito comprovada, mas fica a dica. Pra chegar lá, basta atravessar a ponte peatonal, passar pela Prainha e seguir a trilha.
À noite, passeamos pelo centrinho da Lagoa. Fizemos uma parada no Sanduicheira da Ilha, que serve um dos sanduíches mais famosos de Floripa. Foi eleito 6 anos consecutivos como o melhor sanduíche da ilha pela Revista Veja SC. O lugar fica atrás do principal posto de gasolina da ilha e vive lotado. Fomos também outras vezes durante nossos dias ali , às vezes para nos abrigarmos da chuva, e ficamos até amigos da dona!
Só não recomendo o drink de lá. Pedi um caipivodka de morango e estava muuuito doce. Pedi pra trocar e tacaram outra bebida no meio. Pedi pra trocar de novo e veio outra sem gosto nenhum. Desisti! Mas o sanduíche é realmente delicioso!
Pra fechar a noite, fomos rapidamente no Black Swan English Pub, um dos bares mais famosos da ilha. O lugar é um misto de pub com pátio interno aberto. Era cedo ainda e o movimento ainda estava meio fraco. Acabamos indo embora e infelizmente não voltamos mais.
Segunda-feira
O sol apareceu total em Floripa e meus planos eram: ir até a praia da Armação e pegar o barco para a ilha do Campeche (R$ 60,00). Depois, seguir até o Pântano do Sul para almoçarmos no Restaurante Arantes, famoso não só pela comida, mas pela decoração, cheia de bilhetinhos dos clientes nas paredes.
Mas eis que o mar estava super agitado e, mesmo os barcos saindo para ilha do Campeche, outros pescadores não nos recomendaram ir. E realmente desistimos. Além do risco para se chegar até lá com o mar agitado daquele jeito, não queria chegar na ilha e ver a água turva, bem diferente do que eu tinha visto em fotos. Dali voltamos pra trás, na esperança de voltarmos dia seguinte, mesmo com a previsão do tempo marcando chuva. Com isso meu almoço no Arantes também furou!
Seguimos pra praia da Joaquina. Tinha uma lembrança desta praia: mar azul e poucas ondas, mas o que vi foi mar azul e muuuuitas ondas. E muitas bandeiras vermelhas dos salva-vidas com alerta de perigo! Ai, que saco!
Ficamos um pouco ali, achamos uma barraca pra beber cerveja e depois resolvemos revisitar a Praia Mole, da qual também não tinha muitas lembranças.
Vimos um movimento grande numa barraca de longe, com muita música e nos aventuramos de moto na areia para chegar até lá. E o que descobrimos é que era uma festa gay hahaha (não tirei nenhuma foto por respeito).
Bem, importante dizer que Floripa vira um reduto gay no carnaval. Se você é gay ou simpatizante, este é seu lugar! E a festa estava animada. Muita música, muita pegação hehe e muita alegria. Foi divertido! O Alê fez sucesso por lá hahaha
Saímos dali e fomos almoçar na Avenida das Rendeiras novamente; desta vez no Quisque Lagoa, onde comemos peixe grelhado e tomei um mix de saquê de morango com abacaxi recomendado pelo garçom que estava delicioso! Vale a pena ir lá só pra tomar este drink. E depois fui tirar a sesta na graminha da Lagoa…ô delícia!
E à noite, eis que encontramos com duas amigas catarinenses queridas, que conhecemo em Roma: a Cláudia, que é brasileira, mas mora em Milão e estava de férias no Brasil, e a Bárbara, que mora em Floripa. Nós as conhecemos na nossa última viagem em Roma, e ficamos amigas… Eu ainda nem escrevi o post sobre isso ainda e já a reencontrei. Mundo pequeno….Foi uma ótima noite rodando alguns bares do centrinho da Lagoa.
Terça-feira
Levantamos beeem tarde, porque o dia dia amanheceu super nublado. Arriscamos ir até a praia dos Ingleses, mesmo pegando chuva na estrada.
A praia me pareceu muito boa, e o bairro tem vários restaurantes de frente pro mar, mas com aquele tempo feio e chuvoso, nem deu pra curtir muito e voltamos pra Lagoa, mais precisamente para o bar do Boni (de novo), onde passamos o resto do dia bebendo e comendo petisco. Começou uma chuva mais forte que não parou e fomos ficando por lá até tarde. Devolvemos a moto às 20:00h, pegamos um sanduba e fomos embora.
Quarta-feira
Dia de ir embora. Nosso vôo era só 14:00h, então aproveitamos pra dormir bastante e fomos direto pro aeroporto, com o dono do nosso chalé, que nos cobrou R$ 50,00 pelo trajeto.
Onde se hospedar:
Como falei, o melhor lugar pra ficar na Ilha é no centrinho da Lagoa.
Lá tem dois hotéis, que nesta época são verdadeiras fortunas, mas são bem avaliados.
Quase fiquei no Hola, mas me recusei a pagar quase R$ 600,00 a diária para o carnaval e cancelei a reserva dias antes. Em épocas normais custa 1/3 disto.
Outra opção mais econômica é o Conceição Concept Hostel
O chalé que fiquei é bem simples e na verdade, precisa de uma boa reforma e mais cuidados por parte dos donos. Eu e meu marido não temos muita frescura com isso, mas eu não vou indicar aqui. Se alguém quiser, me manda e-mail que falo, mas já aviso que é pra quem não tem frescuras ;)
Infelizmente a chuva atrapalhou muito a nossa viagem e acabamos não fazendo tudo que queríamos. Esta época chove muito em Floripa, então pra não correr risco, o melhor é ir entre março e abril. O carnaval decididamente não foi uma boa época para visitar a ilha.
Olá Carol
Já fazia algum tempinho que não passava por aqui, e também deixei meu blog in off por algum tempo, às vezes é necessário. Mas, já tem post novo sobre uma passadinha rápido que fizemos para Gramado e Canela, uma semana antes da Páscoa.
Sobre sua postagem..
Bom, sou suspeita em dizer, tenho muita vontade de conhecer a Ilha do Campeche, mas meu marido sempre é resistente em ir. (risos)
Uma opção legal é ir para Garopaba,às praia de lá são lindas! Pela BR 101 da aproximadamente 90 Km, pela estrada de Siriú da 60Km.
Quando voltar para Floripa, recomendo conhecer às praias de Garopaba. A Praia do Rosa é conhecido como uma das baías mais lindas do mundo!!
Assim foi a nossa viagem de final de ano, só choveu também, um nojo!
Que pena que choveu em Floripa, mas valeu o passeio.
Um grande abraço!
Oi, Cris, eu conheço Garopaba e algumas praias do Sul…Eu morei no estado e por isso conheço. É verdade que isso faz muito tempo, mas vai ser difícil convencer o marido em pegar praia no Sul de novo rsrs A chance de chuvas por lá é bem maior, logo Nordeste é mais garantia de tempos bons! Beijão!
Caroline, estou curtindo suas viagens em Embu das artes, Fernando de Noronha e Arraial d´ajuda. Algo que chamou minha atenção!! os artesanatos…, às imagens das praias dá uns belos quadros. Além de tudo vc é muito simpática. Parabéns pelas fotos. Elza de Campinas/SP.
Oi Elza, obrigada pelo carinho ☺️ super beijo! ?