Deixamos Zermatt bem cedo em direção a Bern, porque minha ideia era deixar as coisas no hotel e ainda fazer um bate e volta até Gruyères, então não podíamos perder tempo. Saímos no trem das 8:39 de Zermatt, com uma conexão em Visp. Ao chegarmos em Bern, fomos caminhando até o nosso hostel , deixamos as malas e saímos voando pra estação de trem de novo, conseguindo pegar o trem das 11:34 pra Gruyères.
Antes de mais nada, aviso que não recomendo esta correria pra ninguém e até meu marido ficou danado de bravo comigo rsrs Vale a pena, ficar 2 dias e 2 noites em Bern e em um desses dias, fazer o bate e volta com calma a Gruyères e até mesmo incluir no passeio a fábrica de chocolates Cailler, em Broc.
Além do mais, demos azar porque alguns trechos da linha férrea estavam em obras, então a logística até Gruyères foi meio chatinha por conta de várias baldeações entre trem / ônibus / trem de novo…
Fomos de Bern a Freiburg de trem. De lá, pegamos um ônibus até Bulle e de Bulle um outro trem até Gruyères. Este mesmo trem segue até a cidade vizinha de Broc, onde está a fábrica de chocolates Cailler. Acho que este trajeto todo levou quase 2 horas.
Mas voltando a Gruyères, o vilarejo fica no no alto de uma pequena colina e da estrada já vemos as fortificações medievais da vila.
Para ir até lá, toma-se um ônibus na estação de trem. Mas antes mesmo de subirmos para o vilarejo, fomos visitar a fábrica-modelo do famoso queijo Gruyères: La Maison du Gruyère.
O queijo Gruyère tem selo AOC (Apéllation d’Origine Controllée ou Denominação de Origem Controlada), o que significa que é produzido de acordo com métodos tradicionais de fabricação e uma região específica do mundo. Neste caso, um produto típico da Suíça.
Para quem nunca visitou uma fábrica, este passeio é bem interessante, mas pra mim, que sou formada na área e trabalho com queijos, foi decepção total. É realmente um passeio pra turista ver. Esperava visitar uma autêntica fábrica, mas o que tem ali é uma fabriqueta “montada” para que as pessoas tenham uma noção de como é fazer um dos queijos mais famosos do mundo.
O tour começa com uma demostração como é a alimentação das vaquinhas suíças. Na verdade, o sucesso do sabor peculiar deste queijo está na alimentação do gado. Segundo eles, as diversas flores presentes nos pastos suíços, como margaridas, violetas, edelweiss, etc, são responsáveis pelas notas aromáticas deste queijo (além dos fermentos, claro!).
Além disso, as vaquinhas têm que se alimentar muito bem: são cerca de 100 kg de pasto e 85 L de água diariamente para que elas possam produzir 25 L de leite por dia. E é preciso 12 L de leite para se fazer 1 kg de queijo Gruyère. Como as formas são de 35 kg cada, só fazer as contas: 420 L de leite para 1 forma de queijo.
Depois, por meio de um vidro, vê-se as lindas tinas de queijo feitas de cobre, onde se produz o famoso queijo. Tudo é automatizado e, após um determinado tempo de mexedura da massa, a mesma é bombeada para a enformagem, onde recebe identificação e segue para salga e maturação nas caves, onde podem permanecer por até 12 meses.
No tour recebemos um kit com 3 pedaços de queijo com idades diferentes de maturação: quanto mais jovem, mais mais macia é a textura e mais suave é o sabor.
E por fim, lojinha, com degustação de queijos!
Este tour acontece várias vezes ao dia e dispõe de áudio-guia em português. O último horário é às 14:30, quando se produz a última tina de queijo.
Era hora de conhecer o vilarejo de Gruyères, um lugar que nada mais é que uma grande praça rodeado por lojinhas, fabriquetas de chocolates artesanais e restaurantes.
Além disso, uma ou duas ruas que levam ao Castelo de Gruyères. Não entramos, mas fiquei curiosa para conhecer os jardins deste castelo.
Era início de primavera e as flores ainda não estavam dominando por completo as fachadas e os canteiros dos estabelecimentos, no entanto, o lugar é uma fofura de qualquer jeito.
E estando em Gruyères, não podíamos sair de lá sem experimentar a legítima fondue suíça, totalmente diferente das fondues que compramos no Brasil, mesmo quando comparamos com as importadas.
Escolhemos o restaurante Chalet e nos instalamos no pátio externo da casa. O dia estava lindo e o sol brilhava forte!
O prato com cerca de 15og de fondue custa 29,50 CHF e vem acompanhado de batatinhas cozidas, pepinos, cebolas e pão italiano e serve bem duas pessoas.
Apesar da correria, valeu a pena ter conhecido Gruyères!
Carol,
Amei esse post gastronômico. Esse lugar parece o máximo!
Bjs
Obrigada pelo carinho, Ana! Beijos
Estando em INTERLAKEN pela manha como faço para chegar rapido i
nicio tarde em GRUYERES a tempo de visitar uma fabrica de queijo?
Grato
Armando, você vai gastar o mesmo tempo que eu praticamente. Fica beeeem corrido, mas da pra fazer, lembrando que esta fábrica de queijo eh bem pra turista ver.
Boa Noite, Carol, muito obrigado pelas informações prestadas, vc poderia, por favor, especificar como foi o trajeto de trem de berna até gruyeres?? se foi direto , ou se teve que fazer alguma baldeação??? e, caso sim, em qual cidade vc teve que descer para pegar outro trem.
muito obrigado
Luis Felipe
Olá Luis, boa tarde! Mencionei isso no post: “Fomos de Bern a Freiburg de trem. De lá, pegamos um ônibus até Bulle e de Bulle um outro trem até Gruyères. Este mesmo trem segue até a cidade vizinha de Broc, onde está a fábrica de chocolates Cailler. Acho que este trajeto todo levou quase 2 horas.” Abraços
Olá. Adorei o relato e o site. Quero conhecer Gruyere e Broc e visitar as fábricas de quilo e chocolate. Vi que existe o passeio do Trem de Chocolate que faz esse roteiro. Estou na dúvida se vale a pena pois é meio caro. Ou se faço sozinha por conta própria. Vc fez por conta própria esse roteiro? O que sugere? Obrigadaaa
Oi Larissa, sim , fizemos tudo por conta própria, mas não fiz o passeio do trem do Chocolate. Só fui a Gruyères. É tranquilo fazer sozinha, mas quanto a preços eu não me recordo. Beijos