Boracay, a ilha mais famosa e badalada das Filipinas

Boracay é a ilha mais conhecida e a mais badalada das Filipinas…

A ilha é bem pequena, mas cheia de coisas pra fazer, muito agito, noites animadas, belas praias e com um mar de um tom azul-piscina que só vemos por lá! Lindo de viver!

Muita gente corre dela por ser turística demais, mas ela tem seu charme e eu confesso que até gosto de lugares turísticos, pois têm vida, movimento, bares, etc. Deus me livre de lugar muito morto! E no quesito animação, Boracay é um dos melhores lugares onde já estive na Ásia, com uma noite super animada, música ao vivo de primeira qualidade e gente pra todo lado, de todo tipo, nacionalidade e idade! Mesmo que você vá pras Filipinas só em busca daquelas praias paradisíacas e sem muita gente, vale a pena incluir uns dias em Boracay no seu roteiro! A ilha é linda e contagiante! Só posso dizer que me apaixonei por Boracay…

 

Como chegar em Boracay

Acho que este boom de gente em Boracay se deve à facilidade de se chegar à ilha. Boracay está há menos de 1 hora de avião de Manila e a Cebu Pacific e a Philippines Airlines voam pra lá.

O aeroporto de Caticlan é o mais próximo. Ele fica na ilha de Panay e, após um rapidíssimo transfer de barco, chega-se a Boracay.

 

Também há como chegar pelo aeroporto de Kalibo, que recebe inclusive vôos da Air Asia, mas ele fica há 2 horas de ônibus do porto de Caticlan. A meu, ver a economia que se tem na passagem, que nem é tanto assim, não vale a perda de tempo com deslocamentos. Fiquem atentos também com as malas. Quando comprei passagem para sair de Boracay com a PAL, não me atentei ao fato de ter apenas 10 kg de direito e acabei pagando excesso de bagagem bem caro por isso!

As empresas Cebu Pacific e Philippines Airlines, além da Air Ásia, voam para Kalibo.

Chegando pelo aeroporto de Caticlan, temos que pegar um triciclo até o Caticlan Jetty Port  (80 PHP). Além do triciclo, pagamos no porto uma taxa ambiental (75 PHP) e uma de uso do terminal (100 PHP), além do próprio bilhete do barco (25 PHP). A taxa de uso do terminal também é paga na volta.

A travessia até o porto de Boracay (Cagban Port Jetty) dura uns 10 minutos, no máximo. Os barcos são rústicos e apertados. Quem estiver com malas grandes, existem os porters que ajudam com ela em troca de uns trocados.

Importante: Os últimos ferries geralmente partem de Caticlan para Boracay às 22h e os primeiros partem de Boracay pra Caticlan às 05:00h da manhã!

Na saída do aeroporto de Caticlan ficam uns “guias” querendo te encaminhar pro hotel, ao custo de 500 PHP. Não há nenhuma necessidde de se pagar mais para ter um guia, pois é muito fácil ir por conta própria.

Já no porto de Boracay, pegamos mais um triciclo até o nosso hotel, na Station 2, ao custo de 150 PHP por viagem. Do porto até lá levamos aproximadamente uns 15 minutos. Estes preços são tabelados e só variam dependendo de onde se quer chegar.

 

Onde ficar em Boracay

Bem, depois de resolver a parte aérea, a outra dúvida que todo mundo tem é onde ficar em Boracay.

Pra começar, não se assuste com a Main Street, a rua principal da cidade, feia e cheia de barracas e lojas vendendo de tudo! É por ela que todos os transfers circulam, de ponta a ponta na ilha, mas é a White Beach que é o ponto central e onde 99,9% das pessoas se hospedam.

Há uma variedade de hotéis muito grande na área, mas como a White Beach é muito extensa, ela se divide em três seções: Stations 1,2 e 3.

Station 1: área mais tranquila e com padrão de hotéis mais chiquezinhos…

Station 2: área central, onde estão concentrados os bares, restaurantes, lojinhas e até um mini shopping a céu aberto, o D´Mall. Os hotéis da Station 2 aqui são de categoria mediana, mas há muitas boas opções.

Station 3: esta área é de onde saem todos os passeios de barcos pela ilha e outros esportes radicais, então, já por causa disso, a praia fica tomada de barcos e não fica muito livre, como na Station 1 e 2. Além disso, um dia que fui, achei a água meio mexida num pedaço, diferente da Station 2, onde a água era linda e a areia branquinha.

Os hotéis na área da Station 3 têm padrão mais econômicos

De qualquer forma, da Station 1 à Station 3 não gasta mais que 30 minutinhos caminhando!

Nós ficamos na Station 2 e eu adorei ficar nesta área. Tinha lido que ninguém conseguia dormir com barulho, mas não tem nada disso. O barulhão mesmo é na balada mais famosa da ilha, o Summer Palace, que fica de frente pra praia… Do nosso hotel,  o Nigi Nigi Nu Noos, há poucos metros do Summer Palace e do agito da Station 2 eu não escutei nada!

O Nigi Nigi Nu Noos é um hotel bem fofo, pé na areia, com bangalôs de palhinha espaçosos e localizados no meio de um jardim tropical que adorei! O bar do hotel era um dos mais gostosos e movimentados da ilha, de frente pra praia e para o pôr do sol, com cervejas sendo vendidas com desconto no happy hour. E aqui tomamos o melhor mango shake da vida de drinks de boas vindas! Salivo só de pensar naquele mango shake!!!! Perfeito!

Os problemas que achei foram que, devido aos quartos serem de uma estrutura de palha, às vezes têm odor de mofo (o meu tinha um pouco, mas só sentíamos quando entrávamos no quarto. Depois nosso olfato se acostumava e isso não foi um problema. Além disso o café da manhã era bem patético. Tínhamos um voucher diário de 340 PHP, que não dava pra comprar muita coisa, já que um Continental breakfast e 1 omelete já dava isso. Um suco de frutas custava quase 200 PHP. Achei bem pobrinho o café da manhã, mas deu pra comer sem passar fome nas primeiras 3 horas hehe

Quem quiser ficar bem localizado, com um pouco mais de conforto, dá uma olhada no Boracay Regency Beach Resort .

Quanto tempo ficar em Boracay

Nós ficamos 3 noites e 2 dias inteiros, além do dia que chegamos que poderia ser considerado como um dia inteiro, já que chegamos muito cedo, mas devido ao nosso quarto ainda não estar pronto, não aproveitamos muito este dia e aproveitamos pra descansar, já que tínhamos viajado a madrugada toda. Pra mim, este tempo foi suficiente.

No primeiro dia livre, alugamos uma moto para percorrermos as praias da ilha. Pagamos 2000 PHP por pela diária, que se resumiu 8 horas de passeio, o que é uma fortuna para aluguel de uma moto! Em Boracay tudo será mais caro que o resto das Filipinas…. Alugamos com o garçom do bar do nosso hotel. Desde o dia que chegamos já começamos a pesquisar e depois de muita negociação, fechamos neste preço.

Pra resumir, não achei que valeu a pena alugar a moto, principalmente porque é muito caro! E digo isso porque as poucas praias públicas são facilmente acessíveis de triciclo e é baratinho! Há muitas praias em Boracay privadas, que pertencem a hotéis, logo não tem como entrar, mesmo, nem pagando!

No segundo dia fizemos o Island Hopping, um tour de barco em volta da ilha, que faz paradinhas pra snorkeling e para em algumas praias. Se não fosse as paradinhas pra snorkeling, não vi muita vantagem, já que as praias que eu não tinha consegui visitar de moto e no dia anterior e que imaginava poder acessar de barco também não foram possíveis.

O passeio de barco nos custou 1900 pesos + 200 pesos de uma tal taxa de registro. O ponto de snorkeling melhor é na Crocodile Island, mas na verdade, não se para na ilha e sim, num coral próximo.

O barqueiro nos disse que tínhamos que pagar 20 PHP de taxa, mas ninguém nos cobrou. Há opção também de parar em Crystal Cove, uma ilha particular que pelo que vi de longe  e pelo que o barqueiro me falou, não tem muita graça e ainda tem que se pagar 200 PHP por pessoa. Pulamos!

Depois do snorkeling em Crocodile Cove, fizemos uma outra parada perto da praia de Lapuz Lapuz, praia privada do Resort Fairways and Bluewater. Aliás, um hotel que tinha gostado bastante quando pesquisava na internet, com uma linda piscina de borda infinita de frente pro mar e preços camaradas para os padrões de Boracay, mas desisti porque era afastado e sabia que meu marido ia detestar. Foi melhor assim, pois depois preferimos mil vezes ter realmente ficado onde ficamos, no buxixinho da Station 2, de frente pra praia e com toda infraestrutura ao redor.

Passamos por local onde ficam morcegos gigantes, que faziam uma algazarra. O barqueiro desligou o motor para escutarmos…

 

As principais praias de Boracay

White Beach

A White Beach é a praia mais famosa de Boracay é a número 1 da lista das  melhores praias da  Ásia e uma das melhores do mundo no site Trip Advisor.

É uma praia grande, de areias branquinhas e água de um azul fantástico! É proibido fumar e beber na área da praia, sob pena de multa !

Outra atração de White Beach é o fantástico pôr do sol, um dos mais lindos que já vi!

O “problema” de White Beach é que ela fica bem cheia. Coreanos e chineses são o que mais vemos pelas areias desta praia linda…Sinceramente isso não me incomoda e como a praia é muito grande, tem areia pra todo mundo!

Ao longo da praia, vemos estas estruturas de bambu e telas para frear a velocidade do vento, que as vezes sopra forte em Boracay.

Puka Beach

Na minha opinião, Puka Beach é a praia mais linda de Boracay. Uma praia relativamente pequena com um tom de azul – esverdeado inacreditável! Foi nossa primeira parada quando estávamos com a moto e depois voltamos no dia seguinte, de barco!

Ficamos horas ali, nos deliciando naquela água incrível!

Lá tem umas barraquinhas vendendo artesanatos e bebidas. Os triciclos levam turistas até a praia de Puka.

Puka Beach também está na lista das top 5 praias mais lindas da Ásia pelo Trip Advisor. E não é pra menos, o lugar é fantástico!!

Ilig-Iligan Beach

Bem perto de Puka, esta prainha tem águas bem tranquilas em tons verde-esmeralda…Há apenas uma barraca e o movimento é quase zero!

Praia do Porto Cagban

Esta é a praia do porto, com mais um água incrivelmente azul e clarinha e uns cliffs lindo de onde dá pra saltar , mas o cheiro de peixe estava forte e não curti muito.

Manoc-Manoc Beach

Do lado do porto está a praia de Manoc-Manoc, que é linda mas bem deserta. Tem uma única barraquinha vendendo comidas e bebidas, mas que estava fechada no dia que visitamos… A água é mais esverdeada, mas transparente e como não tinha nada pra fazer por ali, tiramos umas fotos, nadamos e voltamos pra White Beach !

Bulabog Beach

Do lado oposto a White Beach, esta praia é procurada pelos amantes de kite surfing…é fácil ir a pé a partir da Station 2 de White Beach, mas eu confesso que achei a praia feia e sem graça e nem foto bati de lá.

Diniwid Beach

Um pouco acima da Station 1 fica esta prainha, mas eu não fui porque acabei esquecendo dela (tinha no meu guia e no Trip Advisor), mas comi bola e só me dei conta quando voltei e vi umas fotos lindas no instagram da Renata (@loucaporviagens)! A Rê recomenda o Spider House, um barzinho de praia descolado, com mesinhas e puffs coloridos, além da vista do restaurante do NAMI Resort e do West Cove. Este último, ótimo pra curtir o fantástico pôr do sol de Boracay, segundo ela ! #ficaadica ;)

Além destas, ainda existem as praias praias privadas dos hotéis, como a Banyugan Beach, exclusiva do chiquérrimo Hotel Shangri-La´s Boracay

 

Onde comer em Boracay

Boracay tem uma infinidade de lugares para comer e beber…Impressionante como uma ilha tão minúscula tem tantos restaurantes de todo tipo de comida que se possa imaginar…grego, árabe, chinês, japonês, mexicano, italiano, Starbucks, Mcdonald´s, e filipino, claro, dentre outros.

No dia que chegamos experimentamos o prato filipino no restaurante Los Amigos. Peixe  com molho de manga! Estava muito bom, acompanhada de uma San Miguel gelada, a cerveja local! O restaurante é simpático e com ótimos preços.

Também comemos muito churrasco coreano e “ brasileiro”  no restaurantinho Globy´s. De brasileiro o churrasco não tinha nada, mas confesso que bem bom e super saboroso. O primeiro prato era mix de lulas, camarões e frango acompanhados de arroz mexicano (coreano). O outro já era carne, frango e batatas (brasileiro). Fomos muito bem atendidos! O restaurante fica no final da Station 2 pra quem está indo sentido station 1, bem perto do D´mal e de frente pra praia.

Do lado deste restaurante tem a Creperia Damiana´s, com crepes deliciosos. Eles fizeram o meu sabor preferido: banana, queijo, frango e abacaxi, igual ao Hawaienne do Chez Michou de Búzios.

Outro restaurantinho super delicioso é o Cyma, um grego simpático que fica num bequinho do D´Mall, que servia pratos de cordeiro maravilhosos! Esta foi uma dica da Dri Setti, do blog Achados, que por sinal, tem ótimos posts sobre as Filipinas.

Também comemos um dia no restaurante do nosso hotel e posso dizer que foi razoável!

Mas o que não faltam são lugares pra comer na ilha e isto inclui barracas vendendo frutos do mar para assar na hora, bancas de frutas e até leitão no rolete.

 

A noite de Boracay

A noite de Boracay é super animada…Os restaurantes e bares ao longo da White Beach ficam lotados…

Para beber à noite, gostamos muito do bar do nosso hotel, que tem cervejas com desconto no happy hour e fica sempre cheio! O clima é bem gostoso!

Também gostamos muito dos bares Bom Bom e Nuka Bar, ambos com música ao vivo de primeira qualidade e cerveja gelada! Agora, gente, o que são estes drinks que este povo faz aqui? Que coisa horrível e sofrível! Puro xarope e açúcar, muito ruins mesmo! Não consegui beber um até o final. Não tomei um drink que prestasse, até desistir de vez durante a viagem todas pelas Filipinas! E olha que tentei, viu, em vários lugares diferentes em Boracay, mas eram imbebíveis! Fuja dos drinks e prefira uma boa San Miguel gelada!

 

Comprinhas

O D´Mall e o Talipapa Market, ambos na Station 2, são os principais lugares pra se comprar lembrancinhas e outros cacarecos  de Boracay… O máximo que consegui comprar foi um ímã de geladeira pra me lembra daqui :)

E pra fechar este post com chave de ouro, um videozinho que eu fiz dos nossos maravilhosos dias nesta ilha encantadora que é Boracay! Foi meu primeiro vídeo, então dêem um desconto se não ficou muito bom, mas eu gostei bem do resultado hehe!

Nós chegamos a Boracay vindo de Ho Chi Minh ( Vietnã) e daqui fomos para Puerto Princesa (El Nido – ilha de Palawan).

Clique aqui e leia mais sobre o que já escrevi sobre as Filipinas.

 

Leia mais sobre Boracay nos blogs:

Esse Mundo é Nosso, do Rafael e do Adolfo

Sem Escalas, da Renata Antunes