Croácia: informações preciosas e dicas práticas para se viajar pelo país

Durante meus dias de viagem no país, comecei a anotar vários detalhes que não poderia deixar de mencionar nos posts que fosse escrever do país, mas foram tantas diquinhas / observações que achei melhor escrever um post só com resumo de todas elas, dividindo-as por categorias: compras, época do ano, custos, transportes, como dirigir no país, etc. Então, voilà!

 

QUANDO IR

A melhor época pra se visitar o país é de maio a setembro, entre o começo da primavera e final do verão na Europa. O ideal é evitar os meses de julho e agosto por ser a altíssima temporada, onde as coisas ficam mais caras e tudo mais cheio, por outro lado, as cidades estarão vibrantes e super animadas, com todos os estabelecimentos funcionado, mais horários de ferryes disponíveis. Nós viajamos na segunda quinzena de agosto e gostei da experiência, mas por causa das filas nos ferries e até na fronteira com a Bósnia, melhor se eu tivesse ido na primeira quinzena de setembro.

 

MOEDA

 

A moeda oficial é o kuna. 1 euro vale 7,7 kunas. Alguns hotéis aceitam euro. Em estabelecimentos menores, tipo as acomodações mais simples, não aceitam cartão de crédito. O melhor é ter sempre papel moeda disponível. Eu levei tudo em euros e fui trocando aos poucos por kuna.

 

A CULINÁRIA CROATA

 

A culinária croata tem muita influência da Itália. São muitos restaurantes italianos por todo o país. A pizza é tira-gosto pra eles. Frutos do mar são a especialidade do país e são pratos mais caros, principalmente nas ilhas.

As cervejas são Osujisko Pivo e a Karlovako, ambas deliciosas. Não deixe de experimentar o burek. Um salgado típico do pais, que é uma massa folhada recheada de queijo, espinafre ou carne. Sensacional. O melhor que comi foi na padraria do principal supermercado da ilha de Hvar.

Em Zagreb e região dos Lagos Plitivce, no entanto, é muito comum estes mix de carnes servidos com batata e feijão, que é uma delícia e lembra nosso churrasco.

Os vinhos croatas também são bons, principalmente os brancos e rosés, que combinam perfeitamente com o verão.

O queijo da ilha de Pag é o mais famoso do país. É um queijo fresco salgado e ardido e bem seco. Muito usado como entradas com azeitonas ou ralado, em substituição ao parmesão. O sal levado pelo sopro do vento na ilha se acumula sobre a vegetação e depois, quando carneiros e ovelhas se alimentam, passa o sabor para o leite, resultando num queijo bem salgado.

O azeite croata é super famoso, principalmente o azeite da região da Istria.

 

HOSPEDAGEM NA CROÁCIA

 

Os hotéis na Croácia são caros e geralmente o serviço deixa a desejar. O que muitos turistas fazem é alugar apartamentos ou quartos em pequenos estabelecimentos, onde moram os próprios moradores. Nós alugamos quartos em Split, Hvar e Duborvnik, e foram todos excelentes, sem exceção. Todos reservados pelo Booking.com. Em Dubrovnik, uma dica importante: se estiver de carro, não fique dentro das muralhas. Procure um hotel nos arredores e que tenha estacionamento. Vale até ficar no bairro de Lapad, que eu achei super fácil e rápido de ir de ônibus pro centro. Além disso as opções de hospedagem são bem mais em conta e há maiores opções hotéis disponíveis.

E, optando por ficar na cidade velha, saibam que há algumas partes que são um sem fim de escadas. Esta área são as ruas compreendidas entre Ul. Celestina Midovica e Zlatarka ul e quanto mais alto é o número do hotel/apartamento/quarto, mais escadas você terá que subir. E as escadas são íngremes. Nós ficamos no Old Town Apartments, número 18 da Naljeskoviceva, e subimos uns 4 lances íngremes. Considere ficar no máximo até 18, principalmente se você estiver com malas grandes.

Um hotel que tem ótima localização e fica fora da muralhas, mas colado no portão de Pilé é o Hilton Imperial Dubrovnik
Uma boa opçào para quer quer um pouco mais de luxo e ainda dentro das muralhas é o The Pucic Palace, dica da Claudia Liechavicius, do blog Viajar pelo Mundo.

Todos os hotéis que me hospedei durante a viagem estão reunidos neste post aqui

 

TRANSPORTE NA CROÁCIA

 

Ferries: a única empresa que opera ferries na Croácia é a Jadrolinja. Os tickets só podem ser comprados no dia, embora eu tenha conhecido comprar de Split pra Hvar na véspera. Os preços são salgados, principalmente quando se atravessa de carro. No verão eles colocam ferries extras. Os ferries são confortáveis, tem TV, ar condicionado e uma área descoberta. Têm lanchonete também, mas não consegui usar wifi nenhuma vez, então se tinha, não funcionava.

Para consultar preços e horários, clique aqui.
Há também outras empresas que fazem a travessia para Itália. Veja as companhias de ferries aqui.

DIRIGINDO NA CROÁCIA

A Croácia tem ótimas estradas, muito bem sinalizadas, portanto é muito fácil dirigir por lá. Um GPS sempre ajuda. Eu usava o GPS do IPhone, sem problemas. Carregava o mapa no hotel antes de sair, ou em algum restaurante e depois o usava sem conexão, perfeitamente. Cheguei a usar até o Waze desta forma e deu super certo, inclusive na Bósnia e em Montenegro.

O esquema de pedágios na auto-estrada funciona como na Itália: quando você entra você retira um ticket e quando você sai você paga o valor referente ao que você percorreu. Não é barato. Só usamos a auto-estrada pra ir de Zagreb até Plitvice e depois de Plitvice a Split.
Um litro de gasolina custa em torno de 1,5 euros
Em Montenegro custava 1,35 euros
E na Bósnia, na mesma faixa de Montenegro
Só pra efeito de comparação, quando chegamos na Itália este valor já era de 1,7 a 1,9 euros!!! Carésimo! Em Roma então é mais caro do que na estrada, além de ser mais difícil encontrar um posto de gasolina.

CUSTOS NA CROÁCIA

A Croácia não é mais um país barato e acredito que isto tenha se dado depois da entrada do país na União Européia. Mas ainda também não é um país caro, como outros lugares da Europa, então ainda vale muito a pena viajar pra lá, antes que a moeda passe a ser 100% o euro.

Preço médio das coisas:

Cerveja 500 ml- 14-20 kunas
Massas- 60-80 kunas
Prato de frutos do mar: 100 – 150 kunas
Água de 1,5 L no mercado: 7 kunas
Refrigerante lata no mercado: 5 kunas
1 souvenir tipo chaveiro ou ima de geladeira: 20 kunas (muito caro)
1 sachê de lavanda (10 kunas)

 

AS PRAIAS CROATAS

As praias croatas são lindíssimas, de um azul estonteante, transparente, de encher os olhos e os cartões de memória das câmeras, mas esqueça a areia. Isso não existe por lá. Tudo é de pedra.

Em alguns lugares simplesmente o acesso é feito por uma plataforma de concreto ou na própria pedra mesmo. Há até escadinhas para acessar o mar. Leve sapatos próprios para andar nas pedras, ou entrar no mar pode ficar extremamente desconfortável.

 

Nós já tínhamos estas sapatilhas, que havíamos comprado quando viajamos para o Mar Morto, mas em todo lugar tem estas sapatilhas pra vender.
A praia que mais se parece com as nossas no quesito de infra-estrutura de praia e agito e Zlatni Rat, em Bol, na ilha de Brac.

 

COMPRAS NA CROÁCIA

O cheiro de lavanda está por todas as cidades. A ilha de Hvar é a maior produtora e os souvenirs típicos da cidade são sachezinhos de lavanda.

A ilha de Brac é produtora de uma pedra branca que reveste telhados, casas, calçadas em todo o país e, inclusive, foi a pedra usada no Palácio Dioclesiano de Split e na Casa Branca, em Washington DC. Pilões desta pedra são um ótimo souvenir. Os mais baratos custam 70 kunas e garimpei um pra mim.

Não achei nada muito interessante para comprar na Croácia, aquele tipo de produto que realmente valha a pena, a não ser estes sachês de lavanda pra dar de lembrança e o meu pilão de pedra da ilha de Brac. Azeites também são uma boa opção, embora os tenha achado caros e desnecessários, no meu caso, ainda mais que eu ainda iria pra Itália e queria levar vários produtos de lá pra casa. O vinho e o mel também são boas opções.

 

Bem, estas são as minhas percepções do país e espero que possam ajudar quem pretende viajar pela Croácia…

E aí, gostaram das dicas? Sabe de alguém que está indo pra Croácia? Então, compartilhe! Tem outras dicas? Deixe pra nós aqui na caixa de comentários….