Sou fã do programa “O Mundo Segundo os Brasileiros”, que passa na Band toda segunda-feira à noite e, muito antes de eu pensar em vir pra China, assisti ao programa de Hong Kong e fiquei apaixonada. No programa, os brasileiros que moram lá, sempre mencionavam Wan Chai, conhecida também como “Pequena Tailândia”, e foi pra lá que fui já no meu primeiro dia em terras hongueconguenses.
Descemos na estação do MTR Wan Chai, que é um bom ponto de partida e dali, fomos atrás do mercado de rua para encontrar todas as esquisitices que eu adoro conhecer e que tinha visto no programa. Demoramos a achar, mas achei e não deu outra: o mercado é o máximo!
É um mercado basicamente de comidas, mas aquelas comidas que a gente faz uma cara feia danada quando a gente vê: testículos, cara de porco sem pele, tripas, pato depenado, tudo super exótico aos nossos paladares, mas muito interessante. E mesmo algumas coisas comuns, como uma simples berinjela, em Wan Chai elas eram diferentes…
Uma das comidas típicas aqui são os ovos que dizem ficar enterrados por 100 anos e depois, eles comem. Será?! Acho que é conversa pra turista boi dormir. Achei a experiência maravilhosa ali, de descobrir um pouco mais da cultura local.
Mas Wan Chai também tem partes modernas, como o Central Plaza, um dos mais altos de HK, e o Convention & Exhibition Centre, às margens da Baía Victoria, um prédio que simboliza um pássaro levantando vôo e onde sediou a cerimônia de devolução de Hong Kong pela Inglaterra aos chineses.
No sentido oposto a Wan Chai, está o bairro mais descolado de Hong Kong: o SOHO, que aqui, significa South of Holywood Road, e em NYC, South of Houstoun.
A Lan Kwai Fong é a rua mais famosa do SOHO e ao longo dela está a maior concentração de barzinhos descolados da cidade, ótima opção pra um fim de tarde, mas é à noite que ela ferve, principalmente nos finais de semana. A D’Aguillar Street também está repleta de bares. Juntas as duas concentram as baladas mais badaladas de HK. Nós percorremos alguns barzinhos e adoramos a vibe por ali.
A maior escada rolante do mundo (792 m) está em Hong Kong, no bairro do SOHO e liga as ruas entre a Queen’s Road e a Conduit Road.
Á medida que vamos subimos a grande Escalator, vamos observando os prédios comerciais de Hong Kong, cheio de lojinhas, manicures, casas de massagem, etc. E, entre as vielas e ruelas perpendiculares à escada, um mundo se abre co bancas, bares, pequenos restaurantes e alguns estabelecimentos vendendo todo tipo de coisa.
Ao chegar no topo, tem uma máquina pra recarregar o Octopus Card, gratuitamente. A gente ganha bônus por usar as escadas.
A Holywood Road é a rua das antiguidades, juntamente com a Cat Street (Upper Lascar Row), mas já não são nenhuma barganha. Confesso que esperava bem mais destas duas ruas, mas achei bem pouca oferta por ali, além de tudo meio caro. Andamos por ali e resolvemos voltar mesmo é para os barzinhos, passando uma noite muito agradável.
Já Stanley é outra vibe. O bairro fica do lado oposto da Baía Victoria. O clima é o que se tem de uma cidade à beia mar: vários barzinhos vendendo uma Tiger gelada, prédios residenciais modernos, petiscos diversos e deliciosos, bons restaurantes…. Chegamos lá em meados de uma tarde. Pegamos um táxi em Central e pagamos cerca de R$ 30,00.
Mas antes de sentarmos num dos bares pra descansar e almoçarmos, ficamos batendo pelo mercado de Stanley, um mercadinho bem organizado, com todas as outras barracas que a gente encontra nos outros mercados da cidade, com a vantagem de ser coberto e bem mais arrumadinho. Falando bem a verdade, quem bateu perna foi eu, porque o Alê ficou mesmo foi num bar e ainda arrumou um amigo chinês. Compramos umas besteirinhas e fomos curtir o visual praiano do fim de tarde de Hong Kong.
Pra voltar de Stanley, pegamos um ônibus, que nos levaria direto pra Central, mas eis que no meio do caminho, numa avenida super movimentada, o Alê tem uma vontade súbita de fazer xixi (isso que dá depois de tomar algumas cervejas) e tivemos que descer rápido. O problema é que, nesta avenida, só tinha lojas refinadas e bancos; nenhum McDonald’s, banheiro público ou algo do gênero. Ele, desesperado, entrou num beco e fez lá mesmo, mas não conseguiu fazer tudo. Ficou metade pra fazer depois haha. E eu ali, parada, despistando e morrendo de medo de ser presa do outro lado do mundo, porque meu marido foi obrigado a fazer xixi em “público”. Como eu iria explicar? Felizmente, ele foi discreto, e, coitado, ele não tinha alternativa. Se ele não fizesse ali, ele faria nas calças. Nunca vi ele assim, tão desesperado rsrs
A última vez que algo parecido aconteceu com ele foi da segunda vez que estivemos em Londres, só que lá, ele desceu do metrô em Westminster e saiu voando em direção à London Eye porque ele lembrava que do lado dela tinha um McDonald’s. Já em HK, além de mais desesperado, ele não tinha a mínima noção de onde achar um banheiro. Foi tenso, mas hilário hahaha!
Preciso mencionar também que em um dos dias, fomos ao bairro de Causeway Bay, onde está a pista de Happy Valley. O Alê queria assistir a uma corrida de cavalos e, em Hong Kong, as corridas são muito famosas. Os locais são fascinados. Mas acabamos chegando depois da corrida e o Alê ficou frustrado. Que dó! Quem for, não deixe de passa pela Times Square, um complexo comercial que fica lotado de gente, cheio de lojas e tudo mais. Nos falou tempo pra parar por aqui!