Depois do passeio a Buda, voltamos para Peste e começamos a visita pelo Parlamento, sobre o qual já falei no post anterior. Estava tendo um movimento estranho, um aglomerado de gente e o Parlamento estava coberto com a bandeira da Hungria com um furo no centro. 


Olhando ao redor, descobrimos que, naquele dia, era feriado! 23 de Outubro é o dia que eles comemoram a Proclamação da República e libertação do governo soviético. Ficamos passeando pela praça, assistindo todas as solenidades desta data. O furo na bandeira representa os mais de 25.000 húngaros mortos na revolução.

 


Tinha uma bela barraca com comidas típicas, mas era muito cedo pra experimentar, embora eu estivesse morrendo de vontade.


Continuamos o passeio sentido à Szabadság tér, ou Praça da Liberdade. Ao seu redor estão prédios de belas arquiteturas, incluindo a embaixada americana e o National Bank, que foi cenário do filme Evita, servindo como a “Casa Rosada”. Bem pertinho dali, está uma ponte de metal com um homem a olhar para o Parlamento. A imagem é de Imry Nagy, primeiro ministro húngaro, que foi executado na revolução de 23 de outubro.



Ronald Reagan, o americano que desarmou os soviéticod

Continuamos a caminhar pela rua Október 6, uma rua repleta de cafés e restaurantes charmosinhos e requintados. De repente, avistamos ao longe a Basílica de São Estévão.


A Basílica de São Estévão é a maior igreja de Budapeste. Foi finalizada em 1905, após mais de 500 anos de obras. Tem capacidade para mais de 8.500 pessoas e sempre está lotada! 



O interior da Basílica é de uma beleza ímpar, com ricos detalhes feitos de diversos tipos de materiais.

 

Em seu topo pode-se ter uma bela vista de Peste. É lá em cima também que está a mumificada mão direita de São Estévão, a Holy Right.

Dali pegamos o metrô e fomos pra Váci utca, principal rua de comércio da cidade e também, local de muitos restaurantes. Na verdade, é como se metade da rua fosse mais dedicada aos restaurantes e a outra metade às lojas. 



Começamos a saga de procurar algo pra comer e o prato que queríamos comer, o Mixer Plate, tinha mais ou menos o mesmo preço em todo lugar. Então acabamos escolhendo o restaurante Galilei por acharmos ele um pouco mais bonitinho. 



Pedimos um goulash de entrada e depois o Mixer Plate. A comida estava muito boa, mas na hora de pagar a conta, um susto! O que eu havia entendido que era pra 2 pessoas, era na verdade, para 1, ou seja, a conta ficou no dobro que pensávamos. Pagamos um absurdo por este prato aí em baixo. Eu briguei, claro! Senti-me enganada. Tenho certeza que ele me roubou e ainda tinha dito que o goulash era por conta da casa. O problema é que, a pessoa que te aborda e te explica o cardápio não é a mesma que te serve e esta, por sua vez, não é a mesma que te cobra, logo, quem acabou pagando o pato, literalmente, foi o Pato (pra quem não sabe, o apelido do meu marido é Pato rsrs). Mas não posso negar que a comida estava muito boa, mas posso afirmar que ela não valia o que nos foi cobrado! Fica o alerta caso algum espertinho te aborde na Váci utca!

Goulash de entrada, o mais caro da Hungria rsrsrs
Mixer Plat, prato típico de Budapeste! Este aí custou preço de ouro!

De barriga cheia e bolso vazio rsrs, saímos passear pelas margens do Danúbio e conhecer as outras pontes da cidade, embora a mais bonita seja a Ponte das Correntes, que já mencionei no post sobre Buda. 


Detalhes de uma das potes que liga Buda a Peste

Estava muito frio e, antes da noite cair, fomos ao hotel pegarmos um casaco e meu tripé para as fotos noturnas. Aproveitamos para visitar a Grande Sinagoga, de estilo bizantino, que data da metade do século XIX e é considerada a maior da Europa e a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da de Nova York. Tem capacidade para 3000 pessoas. Sofreu muitos danos durante a II Guerra Mundia, mas foi restaurada e e hoje é uma das mais belas construções de Peste. Acredita-se que antes da II Guerra Mundial, haviam mais de 125 sinagogas na cidade. 


Voltamos pras margens do Danúbio, para fazermos fotos noturnas. Adoro fotografar e perder as imagens de Budapeste à noite é um verdadeiro desperdício! Montei meu tripé (parte mais chata) e foi uma festa… Muitas poses e ângulos até acharmos a foto perfeita do casal! Foram várias fotos e muitas risadas. A noite estava gelada, mas bonita! Um momento único pra se guardar pra sempre… 


Pegamos o bonde 47, que parava bem perto do hotel, onde terminamos a noite tomando vinho e cerveja, no Café Bocadillo.

No dia seguinte, pegamos o metrô logo cedo e fomos direto para a Hosok Tere, ou Praça dos Heróis. A praça é um largo pátio ao ar livre com 2 semi-círculos ao fundo e o Millennium Monument ao centro, que tem a escultura do Anjo Gabriel no seu topo. Segundo a lenda, o anjo teria aparecido para São Estévão em sonho, oferecendo-o a coroa da Hungria.

As demais esculturas da base do obelisco e dos semi-círculos são de personalidades húngaras, que fizeram história no país. Dentre elas, a estátua do próprio Rei Estévão.

Museu de Belas Artes, na Praça dos Heróis

Atrás da Praça está o Parque da Cidade, uma enorme área verde na qual não tivemos tempo hábil pra conhecer.

A Praça dos Heróis está em uma das extremidades da Andrassy ut, uma larga avenida arborizada e inspirada na Champs Elisée de Paris. A avenida é repleta de lojas de grifes, mas também concentra dois pontos turísticos importantes: A House of Terror e a Ópera. Pegamos metrô até o ponto mais próximo da House of Terror e depois de visitá-la, continuamos o passeio caminhado. A House of Terror é um museu que conta a história do nazismo na Hungria e a casa foi, literalmente, uma Casa do Terror, já que abrigava os nazistas húngaros e depois foi sede do comunismo húngaro. O museu é impressionante e conta toda a história da ocupação nazista e depois, dos soviéticos. Logo que se entra e mesmo do lado de fora, há várias imagens daqueles que morreram durante os vários anos de guerra na Hungria. Muito triste, mas muita coisa não dá pra entender, já que não tem legenda em inglês  (muito menos em português).


A Ópera fica quase ao lado e também foi cenário do filme Evita.

Depois de andarmos bastante, pegamos o metrô e fomos pro Vásárcsarnok, Mercado Central de Budapeste, uma atração à parte na cidade. O mercado foi construído pela empresa de Gustave Eiffel, o mesmo que construiu a Torre Eiffel de Paris

O mercado é um ótimo lugar para passear e tem de tudo, de comidas típicas húngaras, onde dá pra ter aquele ótimo almoço, comprar souvenirs, como tecidos bordados, cristais e artefatos de madeira, além de alimentos em geral, como a famosa páprika, que vem em uns simpáticos vasinhos de porcelana. Ótimo pra trazer de lembrança. Acabamos almoçando por aqui.

Especiarias para preparar o tradicional Goulash Húngaro

Fim de tarde, voltamos pra Váci utca fazer umas compras e terminamos a nossa última noite em Budapeste num restaurante super fofo perto do hotel, chamado Bob Pizza, onde tomamos muito vinho e comemos uma bela pizza. Saí de lá dando risada à toa, de tanto vinho húngaro que tomei e ainda fui arrumar mala (não sei como), pois dia seguinte era dia de partir cedo pra Berlim. Nossos dias em Budapeste foram ótimos! A cidade ainda está ressurgindo das cinzas, mas tem um charme especial! Ver a Chain Bridge iluminada e refletida no Danúbio não tem preço! :)


Váci utca à noite, repleta de lojas

Como ir pro aeroporto de transporte público eu conto depois!!! Até lá!

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16 thoughts on “Budapeste, hora de passear pelo lado Peste”

  1. Oi Carol!
    Q lindas as fotos! Q delicia aqueles temperos!!!
    Off topic: Vc ja esteve na Tailandia?? Vai postar aqui??
    Estou atras de algumas informacoes sobre Bangkok, Phuket, Phi Phi…
    Bjss

    1. Obrigada, Ana, realmente os temperos nos deixam com água na boca. Da vontade de comprar tudo. Off topic: fui pra Tailândia em 2010 numa das viagens mais incríveis da minha vida. Fiquei 16 dias só lá, divididos entre Bagkok e passeios a Ayuthaia e outros locais interressantes proximos, Chiang Mai, Krabi e Phi Phi. Um sonho. Este ano volto pra Ásia e To resolvendo se vou pra outro lado das praias, perto de Koh Samui. Assim que terminar os posts da viagem ao Leste Europeu, pretendo iniciar os da Tailândia. Qdo vc vai? Qq duvida, estou a disposição. Pode mandar no email . Bjs

  2. Oi Carol!!
    Na verdade nao tenho certeza absoluta se vou nao. Meu marido quer mt. Eu comecei num emprego novo e nao sei se vai dar. Vamos ver. De qq maneira estamos dando uma olhada, para no caso de tudo correr bem a gente nao ficar perdido demais. Ao passado nos quase fomos, mas na ultima hora desistimos e fomos para a Europa.
    Espero então seus posts q sempre me ajudam mt!!!
    Bj

  3. Adorei as dicas que voce deu. Estou indo em janeiro para Budapeste, no maior inverno, espero conseguir ver um pouco de tudo que voce colocou , pois me deixou com mais vontade de ir rsrsr! Parabéns pelas fotos muito bem tiradas
    abs

  4. Carol, você passou 3 dias em Budapeste? Pelo que entendi desse texto, foram dois dias, mais o lado Buda. Confere?

  5. Oi Carol, estou indo para Budapeste e vi seus relatos, simplesmente maravilhosos, ricos em detalhes, parabéns. Fiquei querendo saber os preços dos pratos. O goulash eu comi em Praga e adorei.

  6. Carol, Bom dia. Estarei com minha esposa e filho de 15 anos dias 08 a 10 de abril em Budapeste. O que você dá de dicas para se fazer no domingo a tarde?
    Obrigado

    1. Olá, Alfredo, faz muito tempo que estive em Budapeste, mas as dicas do blog são válidas para todos os dias da semana por lá! Abraços

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