Em nosso segundo dia em Istanbul, desta vez mais descansados, fomos direto para a Mesquita Azul, já que era atrás do nosso hotel. Mas, como era domingo, estava uma fila gigantesca para entrar, bem como na Basílica de Santa Sofia. Então as deixamos para o dia seguinte e fomos visitar a Cisterna de Yerebatan, que fica no subsolo da Basílica.
Sem dúvida, esta cisterna é uma das obras históricas mais majestosas de Istanbul.
Esta cisterna subterrânea gigantesca construída durante o reinado do Imperador Justiniano I (527-565) foi chamada Palácio Submergido pelas pessoas, devido seu aspecto de inúmeras colunas de mármore indo do chão ao teto, dentro d’água.
Com medo de alguma guerra, o Imperador Justiniano ordenou que uma construção imensa fosse construída para estocar água e abastecer a cidade, mesmo sendo Constantinopla servida por um aqueduto na época.
A cisterna é uma realização colossal de forma retangular ocupando um espaço de 140 m de comprimento por 70 metros de largura. Sua área é de 9.800 m2, com capacidade para armazenar, aproximadamente, 100.000 toneladas de água.
Uma coisa interessante é que alguns blocos de mármores usados na base de algumas colunas representam a cabeça de Medusa. Essas cabeças de Medusa chamam a atenção dos visitantes, mas origem e as razões delas são desconhecidas. O interessante é que uma delas foi colocada de lado e a outra, de ponta cabeça. Uma das lendas diz que elas foram colocadas desta forma para não petrificar as pessoas.
A Cisterna da Basílica só foi descoberta em fins do século XIX e talvez por isso, ela esteja tão bem preservada.
É muito interessante você estar num lugar como este, num clima total de paz provocado pelo efeito daquelas luzes amarelas que dão um ar todo misterioso ao local e saber que, logo acima da sua cabeça, estão quarteirões inteiros repletos de gente andando pela frenética Istanbul!