Kuala Lumpur é a capital da Malásia e é uma cidade que vem se modernizando nos últimos anos, tendo seu boom turístico com a construção das Petronas Towers, o símbolo da cidade.
As Torres Gêmeas Petronas são o cartão-postal do país e é nelas que está a sede da empresa petrolífera da Malásia, a “Petronas”. Já foi a segunda maior torre do mundo, perdendo apenas para o Burj Khalifa, em Dubai. Hoje em dia, não está mais em segundo, mas ainda figura entre os edifícios mais altos do mundo (se não me engano, são as torres gêmeas mais altas do mundo).
Sua arquitetura foi baseada em elementos da arte islã e a ideia de ligar as duas torres por uma ponte foi pensando num possível incêndio em uma delas, onde a ponte facilitaria a evacuação para a outra.
A cidade de KL é formada por malaios, indianos e chineses, que juntos vivem harmoniosamente, mas cada um no seu quadrado. Por causa desta mistura, Kuala Lumpur tem um mix interessante na culinária, onde você pode experimentar comidas totalmente diferentes simplesmente mudando de bairro. A cidade não tem grandes atrações turísticas e foi difícil achar o que fazer em 1 dia e meio que ficamos lá.
Nós chegamos pelo LCCT Terminal, que é o terminal do aeroporto onde chegam os vôos da Air Ásia, num vôo vindo de Cingapura e pegamos um ônibus para KL Sentral, a estação central da cidade, ponto de partida pra várias outras partes da cidade e do país. Eu já havia comprado os tickets do ônibus quando comprei a passagem no site da Air Asia, mas não precisa fazer isso, pois o que não faltam são opções de empresas no desembarque.
O ônibus leva cerca de 1 hora e 15 minutos até o centro e na KL Sentral, pegamos um táxi até nosso hostel, que ficava em Chinatown, por 10 RM. Os taxis são pre-pagos e você compra num guichê na saída da Sentral. Não achei os táxis tão baratos por aqui, portanto, use e abuse do transporte público.
Dica: descobri o ônibus GO KL, totalmente grátis, que percorre vários pontos da cidade. O ponto de partida do ônibus é Pasar Seni, uma estação exatamente em frente ao nosso hostel e ele passa por alguns lugares de interesse turístico, como a Bukit Bitang, rua de comércio e o melhor, totalmente grátis!!!
Nosso hostel foi o Fernloft, por indicação da Hellen e do Antônio, do Viagem Fora e assim como eles, nós gostamos muito e recomendamos. O único inconveniente e que todos os quartos têm banheiro compartilhado.
Depois de nos acomodarmos, fomos direto visitar o principal cartão-postal da cidade: as Petronas Towers.
Tínhamos a a intenção de comprarmos um ticket para subir, mas aí pensamos bem e decidimos que seria uma furada subir, pois além de não ter nada de interessante pra ver no prédio e lá de cima, o preço era bastante salgado: RM 80 por pessoa. Este tipo de “obrigação turística”, de ter que fazer isso ou aquilo, só porque se está em tal lugar e todo mundo vai, não é muito meu estilo, e muito menos o do Alessandro. Se a gente acha que vale a pena, a gente vai. Nada contra quem faz isso. Mas neste caso específico das torres, deixamos de lado nosso “lado turista” e ficamos só com o lado viajante mesmo, optando por apreciar as Torres de fora.
Então, fomos para frente do parque do Shopping Suria KLCC, de onde temos a melhor visão das bichinhas. E elas são realmente lindas…voltei no dia seguinte, antes de irmos embora, pra tirar fotos de noite também. Recomendo que todos vão de dia e de noite.
Quem quiser desfrutar de uma vista do alto pode optar por subir na Menara KL, a torre mais alta de lá que tem um restaurante 360 graus em seu topo. Quem não quiser ir no restaurante pode só tomar um drink depois das 9 da noite, quando abre o bar. Para quem não quer beber nada nem comer nada, pode comprar só o ingresso de subida mesmo. Custa 48 RM.
E falando em shopping , o Suria é o melhor shopping da cidade e fica na base das torres. Dá pra achar lojas pra todos os gostos e bolsos por aqui. Aqui eu comprei meu Curvex Shu Uemura, que acabei esquecendo de comprar em Hong Kong e há tempos eu estava querendo muito.
Na área do jardim, onde se avistam as belas Petronas, tem um mini bale das águas, que acontece à noite. Virou moda isso pelos shoppings e hotéis do mundo afora.
Depois de batermos perna por ali, pegamos o metrô de volta e descemos na estação Masjid Jamek, que dá acesso à Merdeka Square (que nome!). A praça tem alguns edifícios interessantes, como a Mesquita de Jamek, a mais antiga da cidade, o museu de Historia Natural e o Sultan Abdul Samad, um prédio lindo, com uma bela torre com um relógio no topo, onde funciona a alta corte da Malásia.
Fomos nos refrescar na Kuala Lumpur Memorial Library e aproveitamos para usar a internet grátis (#ficaadica).
Ali na frente da biblioteca está o letreiro clichê de fotos que vemos por ai, com a descrição I love KL.
Era domingo e estava tendo algum acontecimento ligado a soldados e guerras, poisa área estava cheia de tanques e soldados e tudo mais que nos lembra guerra, exército e coisas afins. Não sei o que era, mas estava bem animado.
Da praça seguimos caminhando até o Central Market, um mercado bem antigo que fica já no bairro de Chinatown, cheio de bugigangas, mas também cheio de artesanatos bacanas a preços nada módicos.
Aproveitamos para comprar uns souvenirs da Malásia e almoçamos pelas redondezas, num restaurante indonésio, localizado na Kasturi Walk, um calçadão para pedestres que fica na frente do mercado, cheio de barraquinhas de souvenirs e comidas, lojinhas, alguns restaurantes. Sem dúvida, um local que todos têm que vir estando em Kuala Lumpur. O mercado ficava há poucos passos do nosso hostel.
Estávamos na metade do dia e já tínhamos visto quase tudo de interessante. Fomos pro hostel tomar banho e descansar um pouco.
No fim da tarde, saímos pra passear por Chinatown e tentamos achar algo interessante por ali, mas foi algo impossível. Bem, a rua principal do bairro é a Petaling Street, um verdadeiro inferninho de tanta barraca aglomerada vendendo tudo quanto e tipo de falsificação barata, daquelas que você sabe que e falsa há 10 m de distância. Uó!!!!
Além de tudo, a área toda e bem fedida e suja. Teve uma hora que, andando por uns becos fétidos e escuros, onde mais tarde abririam algumas barracas de comida (éca, que nojo!), eis que levo um susto com um grito do Alessandro : “me dá a câmera, me dá a câmera!” Quando eu olho, Jesuissssss, uma imensidão de ratos revirando uma caçamba de lixo abarrotada. Era rato de TO-DOS os tamanhos, de tudo quanto e jeito, pra tudo quanto e lado..afff!! Que nojo!!! Saí correndo, mas antes tive que tirar a foto, que não dá pra ver bem os ratos pretos no meio de tanta sujeira. O Chinatown de KL e terrível!!!! Nem se compara a limpeza e organização do de Cingapura e é mais sujo que a própria China (que na verdade, era muito limpa, por sinal).
Saímos dali correndo e fomos procurar um restaurante razoável pelas redondezas, mas longe o suficiente daqueles ratos. Até a comida estava ruim. Pedi um macarrão que na foto parecia tão apetitoso, mas o que veio foi uma gororoba escura e sem sabor. Fomos embora mais cedo do que pretendíamos naquele nosso primeiro dia em KL.
No dia seguinte, acordamos sem muita pressa. Ainda teríamos um dia inteiro na cidade e eu não sabia o que fazer pra preencher o tempo, mas tinha algumas opções no meu guia e resolvi conferí-las.
Começamos pelo Chow Kit Market, que segundo relato do guia, era um lugar interessante para se ir por não ter tantos turistas e por termos uma noção do que é um mercado local. Como eu adoro mercados, este me parecia um bom programa.
Realmente não tem turistas e pudemos comprovar que o mercado é como todos os demais. Mesmo assim vale a experiência. O mais comum neste mercado são os peixes secos que são vendidos nos balaios e muitas frutas. Observar o povo é uma parte interessante da viagem para nós e estes lugares mais autênticos nos dão uma noção de como é a vida deles no dia a dia.
E o povo malaio é muito simpático e receptivo. No começo eu ficava meio sem jeito de pedir pra tirar fito deles ou mesmo de apontar a câmera, mas quando eu pedia ou insinuava uma foto, eles sorriam e achavam aquilo o máximo, assim como eu achei o máximo os chineses quererem titara foto conosco na China.
E não posso esquecer de mencionar que também são honestos. Neste mesmo dia, à noite, peguei um táxi pra ver as Petronas iluminadas e fui sozinha. Negociei o preço antes e ele me pediu 10 RM pela corrida. Na hora de pagar, estava escuro no táxi e não percebi que dei ao motorista uma nota de 100, pensando ser de 10. Eu já estava do lado de fora quando ele buzinou e me devolveu a nota. Achei aquilo o máximo! Como é bom estarmos num lugar que as pessoas não te enxergam como única e exclusiva fonte de ganhar dinheiro e se dar bem. O pior e que, tirando a nota de 100, eu só tinha 9 RM trocado e ele aceitou.
Depois do Chow Kit, pegamos um ônibus até a Bukit Bitang, uma rua comercial com aquelas lojas tipo Zara & H&M (e só, pois achei o nível e opção de lojas bem fraco) e uma grande concentração de hoteis. Aqui é também uma ótima opção na cidade pra se hospedar.
Ali pertinho está o Pavillon, um shopping grande nesta área, com lojas de grife e outras, mas o mais chique mesmo é o Gallery. Passamos a manha aqui fazendo umas comprinhas na Bukit Bitang, mas esperava bem mais desta rua.
Nós voltamos para o hotel para descansarmos e nos arrumarmos e à noite, voltamos para esta área, mais precisamente na Changkat Bukit Bitang, uma rua repleta de barzinhos. Não são baratos e uma cerveja por aqui sai na faixa de 15 RM no happy hour, mas é um ótimo lugar pra se fugir um pouco do cheiro de curry e noodle que invade as ruas da Malásia ( e de toda a Ásia também). Aqui vemos muitos ocidentais, provavelmente os expatriados que moram na cidade.
Nós escolhemos o bar Never Mine e realmente eu nunca vou me esquecer dele. Bem, o bar era muito bom, estava tendo música ao vivo, com músicas muito boas, tão boas que eu até dei os parabéns pra cantora depois. Tinha um tiozinho que brindava com a gente a cada dose de whisky com água que ele bebia ( aqui eles tomam uma dosinha de whisky e completam com água) (no meu instagram – segue lá: @carolxguelber, tem as fotos que perdi) e as mulheres ganhavam doses de blue Moon grátis, mas eu não vou me esquecer mesmo foi porque, por causa destas doses de blue Moon que perdi meu iPhone, ou melhor, eu o esqueci no táxi.
A noite estava tão boa, tão divertida, daquelas do tipo que você só vai embora porque já está super tarde e você precisa acordar de madrugada para pegar um vôo pra outro pais, sabe?! Se não, acho que não teria saído de lá até o bar fechar. Pois bem, eis que, na hora de ir embora, entramos num táxi e o motorista, sabendo que éramos brasileiros, colocou a musica do barabarabará, berebereberê, sabe?! Na Malásia, faz o maior sucesso nas casas noturnas. Bem, depois de algumas doses de Blue Moon, eu estava achando aquela música a melhor do mundo, mesmo não gostando dela em sã consciência.
Aí o táxi ainda aumentou o som e fez do carro uma verdadeira boate do barabará haha . Conclusão: fui filmar aquela palhaçada toda e quando desci do carro e fui pro hotel, me dei conta de que meu celular havia ficado no táxi. Pu… Olha, só sei que nem dormi mais de pensar em tudo que tinha ali dentro… Fotos, anotações, senhas, vídeos, enfim, quase uma vida perdida (exagero) por causa de alguns blue moons haha. Que ódio de mim. E pior e que fiquei sem despertador pra poder nos acordar as 5 da manhã pra pegar o táxi pro aeroporto. Conclusão foi que nem dormi aquela noite. Quando cheguei na Tailândia fiquei um tempão alterando minhas senhas de e-mail, facebook, twitter, Instagram, etc, etc, etc….mil coisas. Tudo bem que ele estava travado, mas vai que quem achou descobre a senha e invade meus dados?! E pior, e se quem achou fala português?! Hahaha é difícil, mas pode acontecer… Nem gosto de pensar…demorei 3 dias pra me conformar e ” esquecer ” do ocorrido. Mas como minha mãe costuma dizer: ” mais tem Deus pra dar do que o Diabo pra carregar”
Mas perdas de Iphone à parte, não posso negar que foi uma das melhores noites de toda a viagem. Sem dúvida, a mais divertida.
Na minha opinião, Kuala Lumpur vale a pena se você já tiver uma conexão por aqui. As Petronas são bonitas e modernas, mas é só. A cidade em si não me chamou tanta atenção. Mas sei que muita gente vem e gosta. Gosto é gosto, não se discute. Mas se você já vai passar por aqui, aí sim, dá uma paradinha de pelo menos algumas hora, só pra ver as Petronas.
Oi, Carol. Tudo bem? :)
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia
Obrigada, Natalie! beijos
As Petronas são lindonas mesmo! Legal o post :)
Obrigada, Claudio! Abraços
Ola gostei muito da sua explicaçao sobre esta viagem, pois para o ano estou a pensar em ir com o meu filho mas só por 2 dias em Lumpur e depois partir para tailandia uns 5 Dias , é depois Vietnam e se conseguir por fim china.fazer isto em 3 semanas. A minha questão é posso comprar os bilhetes de avião nos paises em questão é no mesmo dia de chegada encontrar hotel ou é complicado. Obrigada
Suzy, obrigada! Olha, é bem complicado sim, ainda mais com crianças. Recomendo fortemente que você reserve tudo com antecedência pela internet. Não vale a pena perder tempo com isso, ainda mais em outros países. Pela net você avalia o conceito dos hoteis, compara preços, enfim, é prático, seguro, econômico…não tem por que arriscar. Abraços
Interessante notar que a “Arquitetura Malaia” na verdade é de origem portuguesa … Assim como as casas do bairro Malaio da Cidade do Cabo …
obrigada, Everaldo!
Carooooooollllllllll!!! Já estou lendo tudo!
Você não foi a Batu Caves por que? Quero colocá-las no meu roteirinho e estou considerando também ir para Langkawi… você acha que vale a pena? E se eu fizer de Kuala Lumpur a Cingapura, o melhor é de avião mesmo ou posso tentar ir de táxi? tem como? Quantos dias no mínimo em Cingapura?
Beijão,
Lily
Blog Apaixonados por Viagens
Oi Lily, não fui porque não tive nenhuma vontade rsrsrs Já estava de saco cheio de ver templos e mais templos em outros países anteriores, inclusive na China rs Melhor é ir de avião entre os dois países. É baratíssimo e bem mais rápido! Gostei de Langkawi, mas as praias da Tailândia são bem mais bonitas, logo no seu caso, não sei se vale a pena incluir. Só mesmo se tiver sobrando tempo…Cingapura recomendo mínimo 3 dias inteiros, isso se você não for ficar no Marina Bay Sands, porque ficando lá, tem que deixar pelo menos 1 dia só pra curtir a piscina! Beijos