Em 2003, quando visitamos Porto de Galinhas pela primeira vez, ficamos apaixonados pelo lugar… Naquela época, pouco se falava deste vilarejo pernambucano… Por incrível que pareça, foi meu marido que falou deste lugar pra mim pela primeira vez (já que normalmente sou eu quem escolho a maioria dos locais onde viajamos. Faz tanto tempo que minhas fotos da época nem foram feitas com câmera digital ;)
O que mais me chamou a atenção naquela época foram duas coisas: o charme das ruas ainda serem todas de areia, sem qualquer calçamento e muito menos asfalto, com um monte de lojinhas fofas e igualmente charmosas vendendo artesanatos maravilhosos (lembro bem que comprei horrores) e a cor da água, que era muito azul, devido ao reflexo do calcário branco no fundo do mar….
Por vários e vários anos, sempre recomendei Porto de Galinhas pra amigos por causa deste mar azul lindo, que não se vê facilmente em outras praias do Nordeste, embora as outras também sejam lindas e tenham muitos encantos.
Por estas e outras, voltar a Porto de Galinhas estava nos meus planos este ano e desde o ano passado eu já tinha organizado tudo. No feriado prolongado de 21 de abril/15 nós fomos pra lá, ficando 3 noites e 4 dias no vilarejo pertencente a Ipojuca, há 55 km ao sul de Recife. Alugamos carro para ir e vir e explorar a região (aqui faço um parênteses. Resolvi alugar com a Movida para testar esta empresa e também porque com a RentalCars, os pagamentos são em dólar, logo não compensava estando no Brasil. Estava tudo indo bem até eles me cobrarem uma taxa de R$ 35,00 por eu usar o meu cartão de crédito e o Alê ser motorista Afff! Não gostei nadinha, Movida! Alugo carro pela RentalCars.com em muitos países do mundo e nunca tive problemas com isso. Tinha que dar problema justo no Brasil! ).
Mas voltando a Porto, eis que infelizmente algumas coisas mudam muito com os anos e o turismo, com certeza trouxe muito desenvolvimento ao vilarejo, com construção de hotéis charmosos, ótimos restaurantes que mencionei neste post aqui, o que é perfeito, gerou mais empregos, e isto é inegável. As ruas também foram calçadas e aí é que acho que o charme se perdeu um pouco. As lojas de artesanatos ainda existem, especializadas em tudo quanto é coisa que envolva galinhas, mas algumas lojinhas deram lugar a boutiques mais chiques.
E a água? Bem, a água continua clarinha, mas observei que o fundo branco calcário agora tem um tom creminho. Ainda assim é uma praia linda, perfeita para quem viaja com crianças…
As Piscinas Naturais que se formam na maré baixa são o cartão-postal da cidade. Em uma delas, a natureza se encarregou de esculpir o mapa do Brasil e nestas piscinas os peixes, a maioria sargentinhos (aqueles listradinhos de preto e branco), ficam aprisionados e são alimentados pelos turistas.
Bem, na primeira vez que fui, podíamos tranquilamente caminhar pelo mar para acessar as piscinas naturais, mas hoje a coisa não é bem assim. Ou você vai de jangada, ao custo de R$ 20,00/pessoa ou pelo mar depois de ficar hooooras numa fila esperando uma pulseira de acesso e ir em bandos atrás de um guia pra poder subir! O limite de acesso são 200 pessoas por dia indo pelo mar e sem esta tal pulseira você não sobe nos recifes para acessar as piscinas.
Olha, me estressei neste dia! Cheguei na praia umas 10:30 e não sabia desta “novidade”. Os grupos já estavam fechados e não tinha mais acesso para as piscinas pela água. Se eu quisesse, tinha que ir no outro dia e ficar plantada numa fila a partir das 9 da manhã para pegar a tal pulseira, mas no dia seguinte seria o dia que já viria embora, então se tem uma coisa que eu não queria fazer era ficar plantada numa fila por horas esperando uma pulseira; aliás, eu não queria nem sair da piscina do hotel no dia seguinte.
Eu até poderia ter ido de jangada naquele mesmo dia, mas a maré já estava subindo e a fila pra jangada também não estava nada pequena. O jeito foi deixar pra lá e tentar relaxar numa barraca de praia qualquer e tomar uma caipiroska…
Além das piscinas, Porto de Galinhas tem os passeios à praia de Maracaípe, onde é possível ver cavalos-marinho no mangue que desemboca na praia. Também há opção de conhecer a praia de Muro Alto, que na maré baixa também forma uma enorme piscina. Nós fizemos estes 2 passeios em 2003 e desta vez não quis repetir. Se eu tivesse mais tempo até gostaria de ter voltado a Muro Alto para ver como está…
E a grande estrela dos passeios recentemente é visitar a Praia dos Carneiros, que fomos em um dos dias e contei neste post aqui.
A vida noturna de Porto de Galinhas é fraca e resume-se a ir a restaurantes, passear pelas lojinhas, ir num barzinho mais light que toca MPB ao vivo…
Opções de hotéis não faltam para todos os gostos e bolsos. Nós ficamos hospedados no Hotel Village, na praia do Cupê, que já falei neste post aqui mas neste mesmo post falo de outras opções bacanas.
Foi bom ter voltado a Porto de Galinhas e ter evidenciado o desenvolvimento de uma região. Ainda considero uma ótima opção de passeio pelo Brasil, a ótimos preços, principalmente para quem vai viajar com crianças.