Depois da nossa visita à Cidade Proibida, seguimos de metrô até o Templo do Céu, mas ainda descemos tão longe da entrada principal do templo, que mais uma vez, tivemos que caminhar um bom pedaço de chão. Na entrada passamos pelo mercado de Hongqiao, o mercado de pérolas de Pequim, mas não sei porquê, estava fechado naquela tarde de segunda-feira. Enfim, avistamos o portão de entrada, compramos o ticket e fomos conhecer o templo.
O complexo do Templo do Céu (Tian Tan, em chinês), foi terminado durante a dinastia Ming e era o local onde o imperador podia fazer sacrífícios, orar pelos seus antepassados e por boas colheitas. Inacessível às pessoas comuns durante as dinastias Ming e Qing.
O principal edifício ali é o Qinian Dian, onde o imperador rezava e onde todos, erroneamente, chamam de Templo do Céu, mas na verdade o nome Tian Tan significa Altar do Céu, mas refere-se a todo o complexo. De qualquer forma, é o Qinian Dian que todo mundo fotografa, tamanha sua beleza. Nele, apenas o telhado circular de tom azul simboliza o céu. As placas azuis com grafias chinesas simbolizam as grafias de cada imperador e o vermelho é a cor imperial.
Dali, tomamos um ônibus e seguimos pra Qian’namen Street, uma rua fechada só para pedestres, cheia de lojinhas adoráveis, mas ledo engano ao pensarmos que estas lojistas tradicionais européias, como Zara e H&M são baratinhas na China. Na verdade,achei algumas coisas ate mais caras que nas lojas da Europa e EUA. Alguns portões ao estilo chinês se destacam na arquitetura da rua. Num deles, acessávamos uma rua paralela repleta de lojinhas de bugigangas e restaurantes tipicamente chinês.
Paramos para almoçar numa destas ruazinhas paralelas e pedi um prato que já tinha experimentado antes, que era umas tirinhas de carne de porco meio agrodoces com umas panquequinhas frias para enrolar. Também veio arroz, sempre duro, paçocado e sem sal. Era o melhor que tava tendo por ali. Thaís e Loedi foram comer fast food.
Depois ficamos entrando nas “lujinhas” da região. Vale muito a pena conhecer esta região de Qian’amen. Comida típica, letreiros luminosos indecifráveis, restaurantes pé-sujo e muita tranqueirice pra botar qualquer 25 de Março no chinelo hehe…
Nós ficamos ali até anoitecer, tomando uma cervejinha chinesa, vendo o vai e vém dos locais e nos divertindo com a criançada.
Aí o Alê cismou de comprar um brinquedo que ele tinha visto numa lojinha, que era um burrinho de pelúcia que ficava dançando ao som de uma musiquinha tenebrosa. Não me pergunte o que ele ia fazer com aquilo, que eu não sei, mas provavelmente me dar sustos de madrugada com aquela coisa…é a cara dele fazer isso! Pois bem, eu peguei o tal burrinho e fui brincar com uma menininha que estava ali, toda t’imida, no cantinho dela… Pra atrair sua atenção, nada melhor que usar o burrinho como isca. Liguei o brinquedinho irritante e fiquei balançando o tal bichinho, que rebolava, balançava a cabeça, sempre com aquela musiquinha chata tocando … Ah, pra quê eu fiz isso…a menina grudou no burrinho e não largava mais haha.
Foi hilário e claro que fui comprar um outro pra ela, e quando eu voltei, ela já tinha quebrado o pescoço do primeiro burrico haha. Foi muito engraçado!! Valeu o dia toda aquele teatro. E os pais dela queriam me devolver o burrinho de qualquer jeito, com vergonha da menina ter quebrado o pescoço do “bicho” rs. Bem, menos de 2o minutos depois o burrinho já estava jogado pra escanteio. Crianças…
Depois de horas por ali, voltamos pra casa e, sabendo que era perto da Praça Tianamen (e era), fui caminhando. Só que a tal praça não chegava nunca . Bem, pra resumir, tive que pegar um ônibus, mas claro que fui pro lado errado. Desci no meio do caminho quando avistei uma estação de metrô e tentei me localizar no mapa. Não tinha a menor noção de onde eu estava, muito menos pra que lado ir. Fazia sinal de dúvida com um mapa na mão, pra ver se alguma alma chinesa caridosa entendia que eu estava perdida e me desse, ao menos, um senso de localização. Nada!! O povo parece que não entende gestos, uai! Será que sou tão ruim de mímica assim?
Até que com muito custo, uma moça achou no mapa onde eu estava e, obviamente, estava totalmente ao oposto de onde eu queria ir. O jeito foi pegar o metrô ali , fazer umas trocentas baldeações e cerca de umas 2 horas depois chegar no hotel. Nada mal se a gente já não tivesse quase dado umas 10 voltas ao Maracanã em distância pra achar o templo do céu, não tivesse percorrido toda a Cidade Proibida a pé, não tivesse andado uns 2 km procurando a tal praça que nunca chegava e não fosse umas 10 da noite…o pior disso tudo é que eu nem emagreci nesta viagem. Além do mais, cada baldeação de metrô em Pequim significa andar por muitos e muitos metros (quase km), debaixo da terra. Dá até preguiça de pensar, por isso às vezes preferia arriscar a me perder nos ônibus em Pequim rs.
Outra grande atração de Pequim são os seus hutongs, que são são um conglomerado de pequenas casas ao redor de um pátio, cercadas por muro, onde as pessoas vivem em uma espécie de comunidade. Muitos estão sendo demolidos ao longo dos anos, dando lugar a prédios e instalações mais modernas, mas os hutongs que ainda existem e merecem muito uma visita. Nos visitamos os da região de HouHai, que apesar de ser uma região bacaninha e turística, ainda conserva este lado bucólico, da vida chinesa como ela é. Fomos lá logo depois que visitamos a Muralha.
Você pode alugar riquixás para conhecer os hutongs, mas percorrê-los a pé, por conta própria, é uma experiência por si só. Descobrimos algumas figuras simpáticas pelo caminho, como esta senhorinha fofa que ficou toda feliz quando gesticulamos pra ela, pedindo-lhe permissão para fotografa-lá. E eles adoram depois ver sua imagem na câmera. Dão tantas risadas, como se fossem crianças…
E falando em HouHai, e uma região cheia de lojas, restaurantes e barzinhos, ótima para vir passear. Está localizada ao redor de um grande lago e fica lotada de gente nos fins de tarde. Aqui foi o único exemplo de desordem chinesa e falta de fila que vi. Presenciamos um enorme engarrafamento de barcos, todos tentando passar por debaixo da ponte ao mesmo tempo, sem qualquer senso de organização. Ficamos ali um bom tempo dando boas risadas com estes chineses…
Na região de Qian’namen também é possível encontrar os hutongs! Não deixe de conhecê-los quando estiver em Pequim.
Oi Carol!
Que post legal esse. Mt bom.
Essa viagem parece ter sido incrivel. Tenho mt vontade de conhecer a Asia.
Bjkss
Sim, Ana, a viagem foi incrível e a Asia e um sonho…adoro muito!!! Tem que ir. Bjs