Ao chegarmos à Cidade Velha, fomos direto ao Bairro Cristão. No caminho, um emaranhado de ruazinhas repletas de lojas e badulaques de todo tipo. 

Artesanato típico cristão: estatuetas feitas de oliveiras

O policiamente é intenso em todos os cantos da cidade. Aliás, momento nenhum me senti apreensiva em Jerusalém. Apesar de tudo o que a gente vê na mídia, a cidade é super segura, sem nenhum clima de tensão.

A Igreja do Santo Sepulcro

Nosso primeiro ponto de parada no bairro cristão foi a Igreja do Santo Sepulcro, o lugar mais famoso da Terra Santa, onde estão os 3 mais importantes pontos de peregrinação cristã do mundo: o lugar onde acredita-se que Jesus fora crucificado, o lugar no qual seu corpo foi sepultado e a pedra da unção, onde Maria recebeu o corpo de Jesus após Ele descer da cruz. 

Já na entrada da Basílica, somos surpreendidos com a presença da Pedra da Unção. Confesso que quando entrei na igreja e já me deparei com aquela pedra, não contive a emoção e já fiquei aos prantos. Não conseguia nem explicar pro Alessandro do que se tratava. Meu Deus, que glória!!! Passar a vida toda escutando os evangelhos nas missas, na catequese e, de repente, eu , euzinha, lá no meio de toda aquela história, vivendo aquele momento único e especial da minha vida, no qual tantos gostariam de estar vivendo. Eu só podia rezar e agradecer muito a Deus por estar ali e agradecer por todas as oportunidades que venho tendo na minha vida! Era mais um sonho realizado! Eu só agradecia e chorava! Chorava e agradecia!!! Orava por toda a minha família, meus amigos, pelo meu marido, pelo meu trabalho, enfim, pela minha vida! Não dá pra descrever o que eu senti naquele momento e em todos os outros lugares sagrados que percorri naqueles dias pela Terra Santa. Uma profusão de pensamentos passava pela minha cabeça e não caia a ficha! Eu ficava tentando voltar meus pensamentos para aquela época, tentando imaginar a dor e sofrimento de Jesus e de Maria, Sua mãe, ao receber o corpo de Seu filho naquela pedra! Não, não caia a ficha! Não dava pra imaginar. Era um momento mágico e indescritível. Era uma sensação diferente de tudo; só quem foi sabe o que estou falando! Por mais que uma pessoa não seja católica totalmente, é difícil não se emocionar neste lugar!
É comum os fiéis se ajoelharem, beijarem a pedra e passarem seus pertences sobre a mesma para guardarem consigo como um amuleto bento, mesmo sendo a pedra apenas memorial.

Antes que eu continuasse a ver as demais coisas dentro da igreja, tratei de ir na lojinha da esquina e comprar um livro ilustrado, em português, da Terra Santa, onde tinha as fotos de todos os lugares que eu ainda iria e o significado de cada uma delas. Só depois voltei pra igreja e continuei. Então seguimos até a Gólgota, onde Jesus foi cruxificado.
Depois de várias etapas de destruição e reconstrução de Jerusalém, os fiéis insistiam em não perder os vestígios dos últimos dias de Jesus na Terra. Assim, o local de crucificação (Gólgota) e Sua tumba (Anastasis, que significa”ressurreição”, em grego), mantiveram-se identificados ao longo do tempo, até que um santuário foi construído para proteger estes marcos da história bíblica, sendo destruído e reconstruído várias vezes, até finalmente se reestabelecer no ano de 1149.

A pedra da Gólgota é protegida por vidro. Num segundo patamar da igreja, é possível tocar o topo da pedra, acessível por um buraco no solo, onde os fiéis colocam suas mãos num ato de fé e curiosidade.
O local onde os fiéis colocam a mão na Gólgota é ornamentado por uma fachada linda, com imagens de Jesus e Maria e muitos candelabros.






Marcos Capítulo 15

22 Levaram-no, pois, ao lugar do Gólgota, que quer dizer, lugar da Caveira. 23 E ofereciam-lhe vinho misturado com mirra; mas ele não o tomou. 24 Então o crucificaram, e repartiram entre si as vestes dele, lançando sortes sobre elas para ver o que cada um levaria. 25 E era a hora terceira quando o crucificaram. 26 Por cima dele estava escrito o título da sua acusação: “O Rei dos Judeus”. 27 Também, com ele, crucificaram dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda. 28 E cumpriu-se a escritura que diz: “E com os malfeitores foi contado”. 29 E os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: “Ah! Tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas 30 salva-te a ti mesmo, descendo da cruz”. 31 De igual modo também os principais sacerdotes, com os escribas, escarnecendo-o, diziam entre si: “A outros salvou; a si mesmo não pode salvar; 32 desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos”. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam. 33 E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre a terra, até a hora nona. 34 E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: “Eloí, Eloí, lamá, sabactani?” que, traduzido, é: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” 35 Alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: “Eis que chama por Elias”. 36 Correu um deles, ensopou uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber, dizendo: “Deixai, vejamos se Elias virá tirá-lo”. 37 Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. 38 Então o véu do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo. 39 E quando o centurião que estava defronte dele viu-o assim expirar, disse: “Verdadeiramente este homem era filho de Deus”.

João Capítulo 19

38 Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus; e Pilatos lho permitiu. Então foi e o tirou. 39 E Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus de noite, foi também, levando cerca de cem libras duma mistura de mirra e aloés. 40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus, e o envolveram em panos de linho com as especiarias, como os judeus costumavam fazer na preparação para a sepultura. 41 No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e nesse jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto. 42 Ali, pois, por ser a véspera do sábado dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro, puseram a Jesus.



A igreja do Santo Sepulcro tem um fluxo meio confuso. É dividida em alguns compartimentos, em vários níveis, sem muita informação, com luz precária. É preciso de um guia ou um bom livro com fotos para conhecer os principais pontos.

Finalmente fomos ao local mais sagrado de todos: o local do sepultamento de Jesus! 

Uma fila enooorme na porta. Homens não entrem de bermudas. Há um controle rigoroso na entrada e o tempo é curto para ficar lá dentro. Quem tenta ficar mais, é quase expulso, sem a menor educação, por um cristão da igreja grega ortodoxa que fica na porta, gritando! 


A via Dolorosa

Saindo da igreja, seguimos em direção à via Dolorosa, local onde Jesus carregou a cruz até o local de sua crucificação, no Santo Sepulcro. A via Dolorosa hoje abriga centenas de lojas de cristãos, muçulmanos e judeus, mas mesmo com todo este comercio depreciante, não tem como não ficar emocionada ao passar pelas estações e relembrar o sofrimento de Jesus a cada uma delas. A emoção vem a tona instantaneamente!

A rua, na verdade, fica dentro do quarteirão muçulmano.

  
Das 14 estações da Via Crucis, 9 estão ao longo dos 500 m da Via Dolorosa, estando as 5 últimas dentro da Igreja do Santo Sepulcro.
À medida que vamos andando, vamos vendo as estações marcadas na parede. Algumas são representadas por capelas e até conventos. 

As mais importantes estações da Via Crucis são a III Estação, onde Jesus cai pela primeira vez, a V Estação, onde Simão ajuda Jesus a carregar a Cruz; a VI Estação, onde uma mulher chamada Verônica enxuga o rosto de Jesus. As estações 7 e 9 marcam nova queda de Jesus, devido ao cansaço pelo peso da cruz. 
III Estação: Jesus cai pela primeira vez
V Estação: Simão ajuda Jesus a carregar a cruz
Pedra da V Estação, marcando o suposto local onde
Jesus se apoiou, devido ao cansaço
VI Estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus

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8 thoughts on “Jerusalém: O bairro Cristão”

  1. Carol,
    Sempre leio todas suas postagens… mas nesa vc se superou!!
    A EMOÇÃO que vc sentiu ao entrar na Igreja do Santo Sepulcro vc conseguiu transmitir!!
    FANTASTICA!!
    Parabens!

  2. Nossa, esse post de Jerusalém mexeu comigo. Aliás, acho que mexe com todos os critãos. De facto, também sonho ir na Terra Santa, mas os pormenores da Via Dolorosa e das estações que Jesus percorreu enquanto caminhava com a cruz me arrepiaram. Esse post demonstra, Carol, que vc é uma pessoa também muito sensível e isso é bom na hora de transmitir estas informações. Enfim, esse relato que mexe com cada um de nós. Dicas apontadas obviamente. E vou continuar lendo seus posts.

  3. Obrigada, Bruno. Jerusalém foi uma das cidadesmais magicas que já fui. A emoção que se sente neste ligar e indescritível. Não deixe de ir! Bjs

  4. Parabéns. Viajei neste blog e por um momento momento me senti em Jerusalém. Você conseguiu transmitir a emoção e a energia que sentiu, e as fotos e as descrições mexeram muito comigo. Sem dúvidas é um lugar incrível, encantador e emocionante. Não abro mão de conhecer Jerusalém, e vou visitar a cidade santa em nome de Jesus. Fique com Deus,parabéns viu.

    1. Obrigada Natália. Jerusalém e realmente um lugar fascinante e difícil de nao se emocionar. Foi uma das melhores viagens da minha vida e espero um dia voltar. Bjs e obrigada pelo seu comentário.

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