Pois é…,quase 10 anos já se passaram desde que tirei as minhas primeiras férias do trabalho e fui pra Salvador. Já naquela época  eu havia ficado encantada com toda a ginga e o axé desta cidade baiana, cheia de tantos contrastes, que faz com que muitos a ame, e outros muitos a odeie. O fato é que, por mais que a cidade tenha seus problemas sociais (e tem muitos), ela tem algo que encanta os brasileiros e, principalmente estrangeiros, que não param ir pra lá. Seu mixto de culturas e raças, de costumes e crenças, de música e culinária, dão toque de exotismo a esta cidade dentro de nosso próprio país. Se você ainda não conhece este polo turístico baiano,  não sabe o que está perdendo!

Mesmo eu já a tendo visitado, fui viajar com a mesma empolgação e entusiamos da primeira vez. A verdade é que faz tanto tempo, que realmente foi como se fosse a primeira vez. Muita coisa já nem lembrava mais e tenho poucas fotos da primeira viagem, já que naquela época, máquina digital mal existia e a gente tirava uma ou, no máximo, duas fotos do ponto turístico pra economizar o filme e a revelação rsrs.

Por estas e outras, visitamos todos os pontos turísticos novamente e fomos a outros que não havíamos tido tempo de ir naquela época. Também tiramos um dia para irmos à Praia do Forte, no litoral norte baiano. E claro, tivemos momentos de relaxamento na beira da praia, já que ninguém é de ferro.

Escolhemos ir no Ano Novo, que é uma boa época pra curtir Salvador. Os preços ainda são bons e a cidade ainda não está lotada de turistas, bem diferente do que acontece no carnaval. Desta vez, ficamos 5 noites e 4 dias inteiros e, como ficamos hospedados no Pelourinho, nosso tour já começou por lá.

 

 

O Pelourinho, ou Pelô, para os íntimos, é na minha opinião, a cara de Salvador! Que lugar vivo! O colorido e a alegria dos baianos se concentram entre ruas, becos e ladeiras de pedra portuguesa, margeadas por mais de 800 belas construções em estilo colonial barroco dos séculos XVII e XVIII, pintadas com cores alegres e vibrantes, além de dezenas de igrejas de arquitetura colonial. Pra quem ainda não foi pra Salvador, vale a pena assistir ao filme “Ó, Pai Ó“, com Lázaro Ramos e Wagner Moura, ora entender um pouco a essência desta cidade e um pouco mais do dia a dia no Pelourinho.

O local era usado para castigar os escravos. Esta área já foi bastante perigosa e ainda hoje não dá pra marcar bobeira, mas ela foi recentemente revitalizada, está bem mais iluminada que da primeira vez que nós fomos e ainda conta com um policiamento mais reforçado.

Largo do Pelourinho à noite, sempre cheio de turistas

Muitos turistas ainda se hospedam ali, principalmente os estrangeiros. Sempre tem um policial `a paisana por ali, mas nem por isso deve-se ficar dando uma de “turista” e ficar expondo máquinas e celulares, sem cautela. Infelizmente ainda tem gente que vai ali só pra roubar. É só não marcar bobeira e ficar sempre atento.

O Largo do Pelourinho é onde está localizada a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, do século XVIII.

Dali, subindo um pouco as ladeiras, chegamos ao Largo Terreiro de Jesus, onde estão as mais belas igrejas da cidade: A Igreja e Ordem de São Domingos e a Catedral de Salvador. À noite, com as fachadas iluminadas, os edifícios são ainda mais bonitos.

Largo Terreiro de Jesus e a Catedral de Salvador

Esta área sempre fica bastante movimentada, com baianas e suas barraquinhas de acarajé ou, simplesmente, as baianas mesmo, dispostas a posar para uma bela foto em troca de uns reais.

Mas é no Largo Cruzeiro de São Francisco que está uma das mais belas igrejas de Salvador, a Igreja e Convento de São Francisco, do século XVIII, inteiramente coberta de ouro. Infelizmente a igreja não abriu durante os 4 dias da nossa visita, mas ela é tão linda que é difícil apagar da memória.

Passando pela Praça da Sé, chega-se onde ao pátio onde se encontra o Palácio Rio Branco, a Prefeitura e a entrada de outro marco turístico da história da cidade: o Elevador Lacerda. O elevador foi construído no século XIX, para ligar a cidade  Alta à Cidade Baixa e desde então, vem sendo usado por todos que querem transitar entre estes dois níveis da cidade. O trajeto custa apenas R$ 0,25 e é super rapidinho, mas nada de vista panorâmica!

Desembocando na cidade baixa, já damos de cara com o Mercado Modelo, outro importante ponto turístico da cidade. Aqui é possível encontrar todo tipo de souvenir, como berimbaus, bonecas de barro, toalhas de mesa, fita do senhor do Bonfim, etc, além das “arretadas” pimentinhas baianas!

O Forte São Marcelo fica logo ali atrás, há uns poucos minutinhos de barco. Imagino que deva render boas fotos da cidade, mas infelizmente, não tivemos tempo de ir.

Elevador Lacerda, Mercado Modelo e Forte São Marcelo, ao fundo

Igreja do Bonfim

Já que estávamos na “Baixa”, aproveitamos pra ir até a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, símbolo do poder católico na cidade, que não havíamos conhecido da outra vez. Ela fica no alto da Sagrada Colina e em seu entorno, uma multidão de turistas e religiosos, que se misturam aos vendedores de fitinhas, acarajés e água de côco.

O mais interessante é a quantidade de fitinhas do Senhor do Bonfim que ficam amarradas na grade de ferro que contorna a igreja.

A crença diz que a fitinha tem que ser amarrada no punho com 3 nós e a cada nó, um pedido é feito, em segredo. Quando a fita se romper pelo desgaste do tempo, os pedidos serão realizados.

Todos os anos acontece a tradicional Lavagem das Escadarias da Igreja. Baianas lavam a escadaria com água de cheiro, em total clima festivo! Com certeza, um grande evento na cidade!

Farol da Barra e a Baía de Todos os Santos

O Farol da Barra é um dos mais famosos pontos turísticos da capital baiana. Foi construído na época do Brasil Colônia, para ajudar as embarcações a ancorarem na Baía de Todos os Santos, ávidas pelo nosso pau-brasil e outros bens, como açúcar e algodão.

É aqui que a maioria das festas baianas acontecem, o que incluiu o Réveillon de Salvador 2013, com show de Carlinhos Brown e convidados.

Ensaio Carlinhos Brown – Réveillon Salvador 2013
Réveillon Salvador 2013 – Farol da Barra

Complementando o belo cenário junto ao Farol, está a Baía de Todos os Santos, segunda maior do Brasil. Foi aqui que tive uma das minhas primeiras experiências de mergulho autônomo, láaaa em 2003. Não parece, mas nela estão localizadas 56 ilhas, dentre elas, a conhecida Ilha de Itaparica.

Por do sol na Baía de Todos os Santos

Praias de Salvador

Salvador tem tanta coisa pra ver e fazer que as praias acabam ficando em segundo plano, mas ao mesmo tempo, com o calor que faz nestas terras, impossível não se render a um banho de mar. As praias mais centrais são a do Porto da Barra e a Praia do Farol. A primeira, uma delicinha, mas lo-ta-da nos finais de semana, ou seja, uma verdadeira muvuca!

Praia do Porto da Barra

Já a do Farol, é mais larga e tem a vantagem de transformar-se em verdadeiras piscinas naturais com a maré baixa, num convite ao relaxamento total. Esta última foi a que mais ficamos desta última vez. De quebra, a gente ainda tem uma bela vista do Farol da Barra!

Praia do Farol, na Av. Oceânica

A praia de Itapuã é famosa, afinal, quem nunca quis “passar uma tarde em Itapuã”?! Mas eu odiei da primeira vez e, desta vez, nem passei por perto! Achei muita muvuca e farofa! Sorry!

A Praia do Rio Vermelho é considerada imprópria para banho, mas há um trecho conhecido como Buracão que não é, segundo o que li.

As praias mais badalas estão mais por norte, como Stella Maris e Flamengo, mas justamente por estarem mais longe, acabei não tendo tempo de ir! Fica pra uma próxima!

Informações Gerais:

Chegando em Salvador – Como ir do Aeroporto ao Centro da Cidade

Chegamos bem tarde e não havia mais ônibus para o centro. Os ônibus saem do aeroporto, no máximo, até 23:30h e existem dois tipos: o chamado “Frescão” (tarifa na casa dos R$ 6,00) e o circular convencional (R$ 2,80). Ambos vão até a Praça da Sé, que por sinal, era o ponto mais próximo do nosso hostel, que ficava no Pelourinho. Os táxis têm preço tabelado e custam R$ 107,14 até lá. A nossa única alternativa era pagar o táxi. O motorista acabou nos dando um desconto e fechamos por R$ 90,00. Cuidado com os malandros que ficam `a espreita e oferecem preços muito baixos. Desconfie. O trajeto demorou cerca de 30 minutos, pois àquela hora, não havia trânsito.

Obs: é comum que algumas pessoas no Pelourinho, ao virem os táxis se aproximando com turistas,  se aproximem para levá-los até o hotel. Isto aconteceu conosco também. Estas pessoas, apesar dos pesares, estão “trabalhando” e vão realmente te levar até o seu hotel por uns trocados. É melhor aceitar a ajuda do que revidar. Por uns R$ 2,00 ninguém fica estressado e você ainda acha seu hotel mais fácil.

Em que região se hospedar em Salvador

Escolhemos nos hospedar no Pelourinho porque encontramos um hostel muito bem avaliado, tanto no booking.com quanto no Trip Advisor, a um preço bem bom. O quarto era super simples, mas bem limpo, com banheiro privado e TV e um ótimo café da manhã para o padrão hostel (o único problema foi o galo do vizinho, que na primeira noite, cacarejou umas 135 vezes e eu não consegui dormir rsrs. O galo deve ter ficado rouco. Nunca vi algo parecido). Mas o melhor foi a gentileza do Alexandre, o gerente do hostel! Super prestativo, sempre muito disposto a dar muitas dicas da cidade e ajudar no que os hóspedes precisam.

Na primeira vez que estivemos aqui, em 2003, nos hospedamos de frente pra praia do Porto da Barra, no Grande Hotel da Barra e agora, analisando as duas localidades, eu acho que eu ainda prefiro ficar na Barra, por esta ser uma região mais central. Além de estar mais perto do mar, é relativamente perto do centro histórico e do Farol da Barra, a uns 10 minutos de táxi do Rio Vermelho, reduto boêmio da cidade. Se você for num Réveillon então, fique aqui ou correrá risco de não achar táxi pra voltar pra casa!

Praia do Farol da Barra

Há quem prefira ficar no Rio Vermelho, por ser o lugar da night de Salvador, mas aí já acho que fica meio longe do centro histórico e pode rolar aquela preguiça…A vantagem é de estar no centro da ferveção soteropolitana e de estar mais próximo das praias do Norte, que são as mais bonitas.

Largo da Dinha, Rio Vermelho
Estátua de Jorge Amado , no Largo da Dinha, Rio Vermelho

Estando por aqui, impossível resistir ao acarajé da Dinha, um dos mais famosos da cidade! A fila nunca tem fim, mas vale a pena encarar…

A fila é sem fim!
Acarajé da Dinha, um dos mais famosos de Salvador!

Transporte em Salvador: Como circular pela cidade

O trânsito em Salvador é bem caótico e achei bem comparável ao de São Paulo. Não há metrô na cidade (tem mais de 10 anos que a linha está em “construção”). Os táxis já não são mais tão baratinhos que outrora, mas mesmo assim, ainda são bem baratos quando comparamos com outras capitais do Brasil. No mais, há muitas opções de vans, ônibus e micro-ônibus, usados pelos turistas, numa boa. Nós usamos quase todos os dias ônibus e vans. Pegamos táxi mesmo só na noite de Réveillon e pra ir e voltar ao aeroporto, por conta dos horários loucos que fomos.  O preço do bilhete varia de R$ 2,80 a R$ 3,00, que eu achei bem caro, principalmente para o trabalhador da cidade, que depende de transporte todo dia. Na volta ao aeroporto, demos sorte de encontramos o taxista Michel, que nos fez o peço de R$ 60,00. uem estiver indo pra lá e se interessar, posso dar o telefone dele (atualização: naõ tenho mais o telefone do Michel, desculpem)!

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9 thoughts on “Salvador: sol, praia e muito axé, meu rei!”

    1. Vai se surpreender muito com Salvador, Camila Torres. A cidade passou por uma revitalização, que valorizou ainda mais sua beleza. Estive lá esse ano e fiquei apaixonado pela brasilidade e riqueza cultural desta terra.

    1. Oi Angelita, obrigada! Infelizmente já tem um tempinho que escrevi este post e não tenho mais o telefone do Michel. Atualizei o post com esta informação. Desculpe! Beijos

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